Boi pressiona e frango amarga queda de preços no atacado em outubro

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     Porto Alegre, 29 de outubro de 2021 – O mercado brasileiro de frango apresentou poucas alterações de preços para o quilo vivo ao longo de outubro. “Houve alívio dos custos de nutrição animal durante o mês, consequência do comportamento dos preços do milho no período, mas os valores seguem muito elevados se comparados a anos anteriores”, avalia o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias.

     No atacado foi evidenciado recuo dos preços de maneira tímida. “Esse foi o primeiro movimento de queda mais claro observado em 2021. Ainda merece atenção a queda dos preços da carne bovina no atacado, decorrente do embargo chinês, que ganhou consistência nas últimas semanas. Caso esse movimento se prolongue é bastante possível que acabe influenciando ainda mais as cotações de proteínas concorrentes, como o frango”, sinaliza.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram mudanças para os cortes congelados de frango ao longo do mês. O preço do quilo do peito recuou de R$ 10,00 para R$ 9,80, o quilo da coxa de R$ 8,40 para R$ 8,00 e o quilo da asa de R$ 11,35 para R$ 10,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito caiu de R$ 10,20 para R$ 10,00, o quilo da coxa de R$ 8,60 para R$ 8,20 e o quilo da asa de R$ 11,55 para R$ 10,60.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de mudanças nas cotações durante o mês. No atacado, o preço do quilo do peito baixou de R$ 10,10 para R$ 9,90, o quilo da coxa de R$ 8,50 para R$ 8,10 e o quilo da asa de R$ 11,45 para R$ 11,25. Na distribuição, o preço do quilo do peito diminuiu de R$ 10,30 para R$ 10,10, o quilo da coxa de R$ 8,70 para R$ 8,30 e o quilo da asa de R$ 11,65 para R$ 11,35.

     As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 489,205 milhões em outubro (15 dias úteis), com média diária de US$ 32,613 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 275,085 mil toneladas, com média diária de 18,339 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.778,40.

     Na comparação com outubro de 2020, houve alta de 62,82% no valor médio diário, ganho de 23,81% na quantidade média diária e avanço de 31,51% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo subiu de R$ 6,10 para R$ 6,20. Em São Paulo o quilo continuou em R$ 6,00.

     Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,30. No oeste do Paraná o preço retrocedeu de R$ 5,95 para R$ 5,90. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo continuou em R$ 5,80.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango subiu de R$ 6,00 para R$ 6,10. Em Goiás o quilo vivo avançou de R$ 6,00 para R$ 6,10. No Distrito Federal o quilo vivo aumentou de R$ 6,00 para R$ 6,20.

     Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 6,30. No Ceará a cotação do quilo se manteve em R$ 6,30 e, no Pará, o quilo vivo continuou em R$ 6,50.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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