Cotações internacionais do açúcar subiram em setembro com demanda aquecida

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    Porto Alegre, 30 de setembro de 2022 – As cotações internacionais do açúcar voltaram a subir em setembro, estendendo os ganhos de agosto.

Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), balizadora do mercado de açúcar bruto, os contratos com entrega em outubro de 2022 fecharam a sessão do dia 29 de setembro a 18,44 centavos de dólar por libra-peso, ante 17,89 centavos em 31 de agosto, alta de 3%. Na Bolsa de Finanças e Futuros de Londres (ICE Futures Europe), a posição dezembro do açúcar refinado era cotada a US$ 529,90 por tonelada no fechamento em 29 de setembro, alta de 1,3% ante a cotação de US$ 523,00 do pregão do dia 30 de agosto.

Apesar de safras de açúcar acima do esperado em 2022 nos dois principais produtores mundiais, Brasil e Índia, os futuros do açúcar subiram em setembro sustentados por sinalizações de aperto na oferta para entrega em cima da posição outubro do açúcar bruto de Nova York, que está expirando nesta sexta-feira (30), na medida em que a Índia já encerrou a safra 2022/33 e os importadores correram para se abastecer principalmente com açúcar brasileiro.

Em Londres, o contrato com entrega em outubro do açúcar refinado venceu no dia 12 de setembro, cotado a US$ 622,80 por tonelada, nível mais alto para uma primeira posição em cerca de dez anos. Operadores correram para cobrir posições vendidas e evitar o compromisso de entregar fisicamente o açúcar refinado.

Segundo alguns analistas, a oferta global de açúcar refinado tende a ficar ainda mais contraída nos próximos meses diante de safras ruins de beterraba em partes da Europa depois que uma prolongada estiagem, enquanto a Índia deve limitar as exportações nos primeiros meses da temporada 2022/23 (outubro-setembro) para avaliar o quadro local de oferta e demanda.

Já no Brasil, os últimos dados de line-up apontaram que mais de quatro milhões de toneladas de açúcar serão carregadas para embarques nos próximos dias, evidenciando que a demanda para a commodity está bem aquecida, enquanto relatos de estoques curtos nos principais importadores também brotaram ao longo de setembro, ajudando a dar sustentação às cotações dos contratos para entrega futura.

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Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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