Artigas do Brasil celebra o Dia Mundial do Algodão com raízes profundas e memórias de família

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     Porto Alegre, 7 de outubro de 2024 – O mundo elegeu uma data para celebrar a fibra têxtil que há mais de sete mil anos acompanha a humanidade: 7 de outubro, Dia Mundial do Algodão. A Artigas do Brasil se une a essa comemoração, que, em 2024, ganhou no país um mote especialmente significativo para a companhia: “a fibra de todas as gerações”. Na família Artigas, o amor pelo algodão é uma herança que cresce e se fortalece há quatro gerações, desde 1952. A Artigas do Brasil é uma corretora de algodão de origem espanhola, que, desde 2018, se estabeleceu e vem consolidando sua presença no país.

     As atividades, sobretudo comerciais, com o algodão acompanham a família, desde a primeira metade do século XX, mas a relação com a fibra vai além dos negócios, para ser parte da vida, e sobretudo, das memórias afetivas de cada um dos seus membros, costurando lembranças felizes que vão desde as primeiras sensações de contato com o produto, até outras paixões, como o futebol, em especial pelo time do coração, o FC Barcelona. Hoje a companhia, com sede na Espanha e no Brasil, é majoritariamente liderada por duas gerações de Artigas, nas pessoas do pai, Josep (58), e do filho Paulo (28).

      “Meu avô trabalhou na indústria têxtil na Catalunha, que, naquela época, era uma região industrial muito próspera na Europa. Já meu pai começou a trabalhar como intermediário de algodão, em 1952. Foi o seu primeiro ofício, e ele nunca mais o deixou. Eu me lembro do meu avô me contando sobre os teares da fábrica onde ele trabalhava e sobre os tecidos de algodão que produziam. Mas o que mais me marcou sobre meu avô foram as vezes em que ele me levava para ver o treino dos jogadores do FC Barcelona, que, naquela época, já tinha o Johan Cruyff no time”, rememora.

     Segundo Josep – conhecido no meio do algodão, em todo o mundo, como Pep -, as experiências com avô, tanto na fábrica quanto no estádio, para assistir aos jogos do Barça, uniram as gerações. “Lembro da impressão que me deu ver os teares em funcionamento, quando ele me levou à fiação e tecelagem onde trabalhava, cuidando do estado das máquinas têxteis. Uma vez por ano, meu avô convidava todos os colegas de trabalho para almoçar na nossa casa de campo e fazer um churrasco para os convidados. Eles se divertiam muito e o clima era de alegria”, diz.

     O comércio com a fibra ficou mais tecnológico ao longo dos anos. “Meu pai sempre carregava rolos azuis, de amostras de algodão. “Naquela época, o algodão era vendido e avaliado pelo aspecto visual e pelo toque, não existia a análise por HVI. Os rolos azuis com as amostras de algodão eram algo comum entre os algodoeiros”.

     As amostras de algodão, e seu aspecto multissensorial, estão entre as primeiras impressões de Paulo Artigas, filho de Pep, com o algodão. “A primeira vez que eu vi uma sacola com algodão, perguntei para meu pai, o que era e ele respondeu, que eram amostras de algodão. Eu, criança, perguntei logo se podia comer”, diverte-se Paulo, que cresceu vendo o negócio familiar e sempre demonstrou interesse em aprender.

      “Com 14 anos, eu gostava de ir com meu pai às salas de classificação para aprender. Sempre gostei de escutar as conversas de meu pai com os clientes, atento a qualquer coisa diferente que ouvia”, recorda Paulo, cuja evolução no algodão acelerou, com a tradição familiar.

      “Eu já tinha certeza que queria trabalhar na Artigas. Morando na Inglaterra, fazendo faculdade, aproveitava os verões para fazer os cursos de algodão em Memphis, Liverpool e Bremen, que me ajudaram na formação técnica com o algodão. Quando me formei, viajei pelo mundo por um ano e maio, fazendo estágios em diferentes países (México/Alemanha/US/Brasil), com tradings internacionais que representamos na Espanha”, narra.

Algodão como escolha

     A vinda para o Brasil foi um passo ousado, mas calculado, pelo filho, com o apoio do pai. “Sabíamos que a Espanha era um mercado consolidado para a Artigas e queríamos expandir nosso negócio para algum país exportador de pluma. Falamos bastante com o setor de algodão e todos os caminhos apontavam para o Brasil, pelo seu incrível potencial. Além disso, a cultura, o clima, a comida e o idioma facilitariam minha adaptação”, diz.

     Josep não esconde a felicidade por ver o filho trilhando o caminho do algodão. “Para mim é quase um milagre, porque ele tinha muitas outras opções e eu nunca quis influenciar nas escolhas dele. Só queria fosse feliz e se divertisse com o que fizesse na vida. O mais importante é que o vejo, realmente, aproveitando a profissão. Até diria que ele é mais apaixonado do que eu sou. Isso me traz muita satisfação e alegria. E isso só foi possível graças ao projeto no Brasil, que começamos há mais de cinco anos”, explica. Assim como fez com o primogênito, Josep não influenciará nas decisões do filho mais novo, Nicolás, de 12 anos. “É cedo para pensar que ele possa seguir no mundo do algodão, mas um passo importante é que ele já está vivendo no Brasil, há um ano, e, daqui, poderá acompanhar de perto o projeto do irmão mais velho, se ele quiser”, finaliza.

     As informações partem da assessoria de imprensa da Artigas do Brasil.

     Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Safras News

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