Porto Alegre, 10 de julho de 2020 – Sustentados pela competitividade em relação às opções de fornecimento internacionais, os preços domésticos do algodão encerram a segunda semana de julho ainda com preços firmes. A média das cotações no CIF das indústrias paulistas ficou em R$ 2,72 por libra-peso no dia 9 de julho, ante R$ 2,71 por libra-peso no dia 2. Em relação ao mesmo período do mês anterior, acumulava alta de 0,55%.
No FOB exportação do porto de Santos/SP, a indicação ficou por volta de 51,23 centavos de dólar por libra-peso (c/lb), com queda de 10,1% em relação ao mesmo período do mês passado. Na comparação com contrato de maior liquidez da pluma negociado na Bolsa de Nova York (dez/20), o produto brasileiro estava 19,8% mais acessível. Há um mês, era 6,1% inferior.
Conforme o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, apesar de ainda firmes, as cotações devem ser pressionadas no curto prazo pela fraqueza do consumo interno, pela baixa presença de compradores internacionais e pela iminência do ingresso de uma safra recorde no país. “Para que o mercado doméstico volte a operar em paridade de exportação, será necessário que os compradores internacionais voltem a atracar com mais força nos portos brasileiros”, pondera.
A safra brasileira de algodão em pluma na temporada 2019/20 está estimada em 2,891 milhões de toneladas, alta de 4% na comparação com as 2,778 milhões de toneladas indicadas na safra 2018/19. Os números fazem parte do décimo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2019/20, divulgado hoje. No novo levantamento, eram esperadas 2,886 milhões de toneladas.
A produtividade das lavouras está estimada em 1.733 quilos de algodão em pluma por hectare, ante 1.717 quilos na temporada 2018/19. A área plantada com algodão na temporada 2019/20 está estimada em 1,668 milhão de hectares, elevação de 3,1% na comparação com os 1,618 milhão de hectares da safra passada.
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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