O ano de 2025 foi marcado por fortes volatilidades nos preços, mas também por avanços expressivos no campo. A área plantada de soja cresceu em quase todas as regiões e as produtividades se mantiveram elevadas, com exceção do Rio Grande do Sul, que enfrentou estiagem e calor intenso. O destaque ficou com o Mato Grosso, que sozinho colheu cerca de 51 milhões de toneladas, praticamente o equivalente à produção total de países inteiros, como a Argentina. Esse desempenho levou o Brasil a registrar a maior safra de soja da história, com 171,8 milhões de toneladas.
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O papel da tecnologia e do clima no mercado da soja
Esse resultado só foi possível graças à combinação entre chuvas regulares nas fases críticas da cultura, o uso de tecnologia embarcada no campo, melhorias nas práticas de manejo agrícola e o avanço no uso de cultivares mais produtivas. Esses fatores se somaram e resultaram em produtividades médias excepcionais, que consolidaram 2025 como um marco histórico para a produção de soja brasileira.
Margens e custos da soja para o produtor
Apesar dos custos elevados, principalmente em razão das altas taxas de juros, as margens do produtor conseguiram ser preservadas. A demanda externa aquecida, em grande parte sustentada pelas tensões comerciais entre China e Estados Unidos, ajudou a dar firmeza aos preços internos. Isso garantiu rentabilidade e abriu espaço para que os produtores seguissem investindo, ainda que com cautela, em novas áreas e tecnologias para as próximas safras.
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Expectativas para a soja em 2026
Para 2026, as projeções indicam que o Brasil pode superar a marca de 180 milhões de toneladas de soja. A expectativa é de uma produtividade média de 62,8 sacas por hectare em nível nacional, combinada a um avanço de 1,2% na área cultivada, o que resultaria em uma produção estimada de 180,9 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul, no entanto, segue como ponto de atenção. Se o clima for mais favorável, pode haver recuperação parcial das perdas, mas a região ainda é considerada vulnerável a novos episódios de estiagem.
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O fator climático: La Niña
Um novo episódio de La Niña se desenha no horizonte, e sua intensidade será decisiva para a próxima safra. Até o momento, os mapas de previsão climática apontam para condições favoráveis ao cultivo de verão, sobretudo nas regiões do Centro-Oeste e Sudeste. Se essas projeções se confirmarem, o Brasil terá condições ideais para consolidar novamente uma safra recorde.
Brasil no mercado global de soja
Com mais uma safra robusta, o Brasil deve reforçar sua posição como o maior fornecedor mundial de soja. As exportações, que já atingiram níveis recordes em 2025, têm grande chance de repetir o desempenho em 2026, consolidando a competitividade brasileira no mercado internacional e ampliando ainda mais a presença do país no comércio global de commodities agrícolas.
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