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Presidente Lula discursa na cerimônia de inauguração do Centro de Cooperação Policial da Amazônia

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São Paulo, 9 de setembro de 2025 – Em discurso na cerimônia de inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia), nesta terça-feira, o presidente Luís Inácio Lula da Silva, disse que uma das consequências perversas da globalização é a internacionalização do crime e destacou o papel do Fundo Amazônia nas diversas ações do governo federal na região e a cooperação entre os países da América do Sul.

“Sobreavoar a imensidão verde da floresta é se dar conta da escala de tudo o que diz respeito à Amazônia. São milhões de quilômetros quadrados de extensão, milhões de metros cúbicos de água, milhões de espécies de animais e plantas e milhões de habitantes. Dessa monta, são os desafios que a região enfrenta. E da mesma magnitude devem ser os nossos esforços para superá-los”, discursou Lula.

Entre as ações de integração do governo brasileiro, Lula mencionou a visita ao Acre e Rondônia, a sua participação na Cúpula da cooperação Amazônica (OTCA), em Bogotá, na Colômbia, e a realização da Cop-30, em Belém, em novembro, que chamou de “conferência multilateral que definirá se as pessoas querem ou não cuidar do planeta Terra”.

O presidente brasileiro também destacou ações o fortalecimento da relação com a Interpol e disse que “o crime ocupa os lugares que os estado não preenche”, mas que a região “não precisa de intervenções estrangeiras”.

“O CCPI Amazônia será um polo de cooperações e operações conjuntas. Esse espírito de cooperação tem inspirado nossas políticas. Apreendemos mais US$ 250 milhões em combate a crimes contra o meio ambiente. Estamos fazendo ações de combate ao garimpo e desmatamento ilegal”.

Segundo Lula, “muitas ações não seriam possíveis sem recursos do Fundo Amazônia”, que ele disse que não é resultado de “bondade”, mas que “os países ricos estão pagando royalties” pela preservação da Amazônia pelos países da América do Sul.

A cerimônia de inauguração do CCPI Amazônia estava prevista para começar às 10h30 (horário de Manaus e 11h30 de Brasília), começou com mais de uma hora de atraso. A unidade promoverá a colaboração entre os nove países amazônicos (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela) e os nove estados brasileiros que compõem a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão) no enfrentamento de crimes ambientais, tráfico de entorpecentes, armas e pessoas.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e a vice-presidenta do Equador, Verónica Abad, também discursaram na cerimônia. Petro disse que a integração latino-americana muitas vezes ficou no discurso e que essa pode ser uma oportunidade de mudar esse cenário.

“Essa tentativa de integrar toda a rede elétrica latinoamericana deveria receber o apoio do FMI [Fundo Monetário Internacional] e dos Estados Unidos”, disse Petro.

O presidente da Colômbia disse que o petróleo e a sobrevivência da Amazônia é um tema que se impõe atualmente. “O capital está destruindo a vida por uma razão essencial. Há uma relação que se dá entre o capital e a vida. O que hoje destrói a vida é a cobiça, então precisamos acabar com a cobiça se queremos preservar a vida dos nossos filhos. Vimos isso com a Covid, agora estamos numa crise climática. Extrair petróleo, numa busca por acumulação, isso é cobiça e pode acabar com a vida. O progressismo tem que se basear na vida. Deixo essa reflexão. Esse é o momento das revoluções.”

“Temos que mudar a energia fóssil, que está matando as populações, por energias limpas. Senão, chegaremos num ponto de não-retorno”, discursou Petro.

O presidente da Colômbia também convocou a união da América Latina em relação aos conflitos que acontecem em diversas regiões do mundo, mencionando o bombardeio de Israel ao Qatar e à Palestina hoje, a guerra entre Rússia e Ucrânia na Europa e os ataques dos Estados Unidos à Venezuela. “É momento de fazer uma revolução, é momento de falar. Um corpo de países da América do Sul têm que se unir. Se há uma invasão á Venezuela, não podemos apoiar, devemos nos unir”, disse.

Petro disse que a América Latina também deveria discutir a política de combate ao narcotráfico que é imposta pelos Estados Unidos, que agora enfrentam problemas com o fentanil, e pediu a integração dos Exércitos dos países da região. “Temos a tarefa de descobrir as máfias, que se tornaram destrutoras da Amazônia. Os EUA, o governo [do ex-presidente Joe] Biden, nos deram 12 helicópteros, que estão sendo usados para outras ações que não são a Amazônia. Temos que fazer a integração dos Exércitos para combater as máfias”.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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