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RADAR DO DIA: Inflação nos EUA; IGP-DI no Brasil; julgamento de Bolsonaro no STF

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e e as bolsas europeias abriram em alta. A semana será marcada pela divulgação dos índices de preços ao produtor (PPI) e consumidor (CPI) nos Estados Unidos, referente a agosto. Em julho, o CPI subiu 0,2%, depois de um aumento de 0,3% em junho. Nos 12 meses até julho, o índice avançou 2,7%, depois de subir 2,7% em junho. Já o PPI subiu 0,9% em relação a junho. Na comparação anual, o PPI avançou 3,3% em julho.

Na última sexta-feira (5), após a divulgação do relatório de emprego (payroll), a ferramenta CME FedWatch, que monitora as probabilidades de ajustes nas taxas de juros pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), mostrou que a possiblidade de um corte nos juros de 0,5 ponto percentual na próxima semana é de 12,03%. Já as apostas em uma redução menor, de 0,25 pp, recuaram de 96,41% para 87,97%.

O payroll apontou que os EUA criaram apenas 22 mil postos de trabalho em agosto, muito abaixo da expectativa de 75 mil vagas, segundo pesquisa da Safras News. A taxa de desemprego subiu para 4,3%, levemente acima dos 4,2% registrados em julho. Os dados reforçam a percepção de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EU) deverá cortar juros em sua próxima reunião. Para analistas, a magnitude da redução dependerá da avaliação da autoridade monetária sobre a velocidade do enfraquecimento do mercado de trabalho.

Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, disse que os dados do payroll se aproximam do patamar de 3,5%, considerado ideal pelo presidente do Fed, Jerome Powell, o que indica um cenário confortável para afirmar que não há pressão relevante sobre a inflação doméstica a partir do mercado de trabalho. “A expectativa é de que os riscos inflacionários venham sobretudo da questão tarifária, e não do desemprego baixo. Esse conjunto de fatores tende a reforçar a probabilidade de corte de juros na reunião do dia 17, mas ao mesmo tempo paira a dúvida sobre a
possibilidade de novos cortes ainda em 2025”, afirmou Cruz.

Por aqui, hoje pela manhã foi divulgado o Indice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu 0,20% em agosto. No mês de julho, a taxa caíra 0,07%. Com este resultado, o índice acumula queda de 1,62% no ano e alta de 3,00% em 12 meses. Em agosto de 2024, o IGP-DI havia registrado alta de 0,12% e acumulava alta de 4,23% em 12 meses. Já o Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) avançou 0,35%, revertendo a queda de 0,34% registrada em julho. Entre os estágios de processamento, o grupo de Bens Finais recuou 0,22%, mas em ritmo mais moderado do que no mês anterior, quando havia caído 1%.

O mercado também fica de olho na semana decisiva do julgamento do núcleo 1 da trama golpista, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliado no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Cristiano Zanin marcou sessões extra da Primeira Turma da Corte, na próxima quinta-feira (11). A decisão de Zanin, que é presidente do colegiado, foi tomada após o relator da ação penal, Alexandre de Moraes, solicitar o agendamento de mais uma sessão para julgamento do caso. Já estavam agendadas sessões para os dias 9, 10 e 12 de setembro.

O julgamento começou nesta semana, quando foram ouvidas as sustentações das defesas do ex-presidente e dos demais acusados, além da manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, favorável à condenação de todos os réus. A partir de terça-feira (9), colegiado vai iniciar a votação que pode condenar Bolsonaro e os demais acusados a mais de 30 anos de prisão. Com a decisão de Zanin, o julgamento terá mais quatro dias. Em três deles, serão realizadas sessões pela manhã e à tarde. Para viabilizar a sessão dupla na próxima quinta-feira, o STF cancelou a sessão do plenário que seria realizada às 14h.

Hoje pela manhã também foi divulgado o boletim Focus com as previsões de instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central do Brasil. Para o IPCA, a previsão ficou estável em 4,85%. Para 2026, a expectativa para a inflação recuou de 4,31% para 4,30%. A meta para a inflação no período é de 3%.

Sobre a taxa Selic, a previsões para 2025 e 2026 seguem em 15% e 12,50%, respectivamente. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a previsão para 2025 passou de 2,19% para 2,16%. Para o ano que vem a previsão passou de 1,87% para 1,85%. Sobre o dólar, a expectativa para este ano passou de R$ 5,56 para R$ 5,55, e para o ano que vem recou de R$ 5,62 para R$ 5,60.

No setor corporativo, a B3 informou que seu Conselho de Administração aprovou a realização da
décima emissão de debêntures simples, de série única, no valor total de R$ 2,6 bilhões, na
data de emissão. Segundo o comunicado, o prazo é de 5 anos com amortizações em duas parcelas
iguais no 4º e 5º anos, e com pagamento semestral de juros à Taxa DI (Depósito
Interfinanceiro), acrescida de spread a ser definido de acordo com o procedimento de bookbuilding e
limitado a 0,55% a.a..

O boletim do Programa Mensal da Operação (PMO), divulgado pelo Operador Nacional do Sistema
Elétrico (ONA), correspondente à semana operativa entre 6 e 12 de setembro de 2025, prevê nível
de Energia Armazenada (EAR) acima de 50% em todos os subsistemas do país no final do mês. O
subsistema Norte tem a melhor previsão e deverá chegar a 80,8%. O Sul vem em seguida, com 76,2%,
enquanto o Nordeste deverá fechar o mês com EAR de 53,4% e o Sudeste/Centro-Oeste, 51,8%.

A PetroReconcavo informa os seus dados de produção e entrega referentes ao mês de agosto de 2025,
quando registrou 26,4 mil boe/dia, queda de 1,6% em relação ao mês anterior, refletindo,
principalmente, queda de produção no Ativo Potiguar. No Ativo Potiguar, a produção foi de 12,8
mil boe/dia, 2,1% inferior em relação ao mês anterior, sendo a produção de petróleo de 8,2 mil
bbl/dia e a de gás de 4,6 mil boe/dia.

A Diretoria da ANP aprovou hoje (5/9) a alteração da Resolução ANP nº 807/2020, com vistas a
ajustar as especificações da gasolina tipo C comum (a que possui adição de etanol anidro,
vendida nos postos de combustíveis). O objetivo é, diante do aumento do percentual de etanol, de
27% para 30% (E30), garantir a manutenção da qualidade da gasolina A (pura) utilizada na mistura.
O aumento do percentual de etanol na gasolina foi determinado pelo Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE), por meio da Resolução nº 9, de 25 de junho de 2025, e vigora desde o dia 1º de
agosto de 2025.

Emerson Lopes / Safras News
Copyright 2025 – Grupo CMA

 

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