Porto Alegre, 4 de setembro de 2025 – O mercado brasileiro de soja deve manter um ritmo lento de negociações, com seus principais formadores de preços operando de forma mista. No cenário doméstico, deve pesar o fraco desempenho da Bolsa de Chicago (CBOT), influenciado pelas incertezas em relação à demanda chinesa e pela proximidade da colheita nos Estados Unidos. O dólar comercial abriu em alta, mas o movimento não éi suficiente para oferecer algum incentivo para negociações.
Na quarta-feira, o mercado brasileiro de soja teve um dia de poucas mudanças. Os preços recuaram em algumas praças, em dia de poucas ofertas no mercado. “O spread continua alto. No Paraná, a diferença é de R$ 5 entre comprador e vendedor e há poucos lotes saindo. Em Goiás rodaram volumes melhores, mas, no geral, o mercado esteve calmo”, resumiu o analista e consultor de Safras & Mercado, Rafael Silveira.
Na safra nova, o mercado manteve a mesma linha. “Os contratos futuros recuaram em Chicago, o dólar também este no vermelho e os prêmios melhoraram, mas o efeito altista não apareceu”, explica o analista. Segundo ele, muitas empresas já estão cobertas de posição. Já o produtor segura a soja, já de olho no plantio da próxima safra e buscando negócio no milho”, completou.
No mercado físico, a saca de 60 quilos recuou de R$ 135,00 para R$ 134,00 em Passo Fundo (RS) e passou de R$ 136,00 para R$ 135,00 em Santa Rosa (RS). No porto de Rio Grande (RS), o valor seguiu em R$ 140,00.
Em Cascavel (PR), a cotação estabilizou em R$ 135,00. No porto de Paranaguá (PR), a cotação permaneceu em R$ 140,00.
Em Rondonópolis (MT), o preço seguiu em R$ 126,00. Em Dourados (MS), a cotação recuou de R$ 126,00 para R$ 125,00. Já em Rio Verde (GO), a cotação baixou de R$ 126,00 para R$ 125,00.
CHICAGO
* A Bolsa de Mercadorias de Chicago tem perdas de 0,60% no contrato novembro/25 do grão, cotado a 10,25 1/4 centavos de dólar por bushel.
* O mercado se firma em território negativo, em meio à ausência de demanda da China, que continua no radar dos agentes. No cenário doméstico dos Estados Unidos, o clima favorável no Meio-Oeste impulsiona as expectativas para a colheita, enquanto compradores se organizam e produtores buscam liberar espaço nos silos.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra alta de 0,08%, a R$ 5,4583. O Dollar Index também registra perdas de 0,13%, a 98.276 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia encerram de lados opostos. Xangai, -1,25%. Tóquio, +1,53%.
* As bolsas da Europa operam predominantemente com ganhos. Paris, -0,08%. Frankfurt, +0,71%. Londres, +0,18%.
* O petróleo tem preços mais baixos. Outubro do WTI em NY: US$ 63,34 o barril (-0,98%).
AGENDA
—–Quinta-feira (4/09)
– EUA: O saldo da balança comercial de julho será publicado às 9h30 pelo Departamento do Comércio.
– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 13h pelo Departamento de Energia (DoE).
– O Ministério do Desenvolvimento, da Indústria, do Comércio e Serviços divulga, às 15h, os dados consolidados de agosto, seguidos por coletiva de imprensa.
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
—–Sexta-feira (5/09)
– Eurozona: A leitura revisada do PIB do segundo trimestre será publicada às 6h pelo Eurostat.
– O IBGE divulga, às 9h, o Índice de Preços ao Produtor- Indústrias extrativas e de transformação referente a julho.
– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.
– EUA: O relatório oficial de empregos do país (payroll) de agosto será publicado às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.
– A Anfavea divulga, às 11h, os dados de exportação, importação e produção de veículos referente a agosto.





