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Mercosul e EFTA concluem negociações do acordo de livre comércio

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São Paulo, 2 de julho de 2025 – O Mercosul anunciou a conclusão definitiva das negociações do acordo de livre comércio com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), bloco integrado por Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein, em nota conjunta divulgada nesta quarta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

“Sob a liderança do Presidente Lula, o lado brasileiro buscou concluir um acordo moderno e equilibrado, que gere novas oportunidades para empresas e cidadãos brasileiros e contribua para uma melhor inserção do MERCOSUL na economia internacional. O Acordo MERCOSUL-EFTA conformará mercado de aproximadamente 290 milhões de consumidores e PIB de mais de US$ 4,3 trilhões”, diz o comunicado.

Segundo a nota, considerados os universos agrícola e industrial, o acesso em livre comércio de produtos brasileiros aos mercados da EFTA chegará a quase 99% do valor exportado.

Confira outras informações da nota conjunta abaixo:

O Acordo com a EFTA conferirá ao MERCOSUL acesso preferencial à quase totalidade dos mercados europeus, quando considerado em conjunto com o Acordo MERCOSUL-União Europeia.

Diante do contexto internacional de crescente protecionismo e unilateralismo comercial, o Acordo MERCOSUL-EFTA é uma sinalização em favor do comércio internacional como fator para o crescimento econômico.

As negociações com a EFTA foram lançadas em 2017 e, desde 2024, o Brasil procurou tornar o texto mais adequado ao interesse do governo brasileiro de garantir espaço para políticas públicas em áreas como acesso à saúde e desenvolvimento científico e tecnológico, assim como atração de investimentos sustentáveis. Esse objetivo se refletiu especialmente nos resultados alcançados nos compromissos em propriedade intelectual, compras governamentais, serviços e investimentos.

Ademais, foram incluídos novos compromissos, tornando o acordo mais moderno, especialmente na área de comércio e desenvolvimento sustentável.

A conclusão das negociações com a EFTA reforça o dinamismo da agenda de negociações comerciais extrarregionais do MERCOSUL, que em 2023 levou à assinatura do Acordo MERCOSUL-Singapura e, em 2024, à conclusão da negociação com a União Europeia. Esses entendimentos aumentam em 2,5 vezes a corrente de comércio brasileira coberta por acordos de livre comércio, passando de US$ 73,1 bilhões para US$ 184,5 bilhões.

“Em 2024, o Brasil exportou US$ 3,1 bilhões e importou US$ 4,1 bilhões em bens da EFTA. O acordo contribuirá para a diversificação do comércio do MERCOSUL, ao ampliar oportunidades comerciais nos mercados dos países da EFTA.

Os países da EFTA estão entre os maiores PIB per capita do mundo. A Suíça é o décimo primeiro maior investidor estrangeiro direto no Brasil, com estoque de US$ 30,5 bilhões, e a Noruega é o principal doador do Fundo Amazônia, com contribuições da ordem de R$ 3,4 bilhões.

MERCOSUL e EFTA trabalham para assinar o acordo ainda em 2025.

Os textos negociados encontram-se na etapa de revisão legal e devem ser divulgados em agosto de 2025.

Acordo Mercosul-EFTA fortalece comércio internacional, desenvolvimento e multilateralismo, avalia Alckmin

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, celebrou nesta quarta-feira (2/7) a conclusão das negociações do acordo entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comercio (EFTA), anunciada em Buenos Aires (Argentina), onde está sendo realizada a 66a Cúpula do Mercosul.

“Sob a liderança do Presidente Lula, anunciamos a conclusão de mais um acordo, que representa uma vitória do diálogo e do multilateralismo, a favor dos interesses comuns entre realidades econômicas distintas. Podemos crescer muito em investimentos recíprocos e no comércio, afirmou o vice-presidente, ressaltando a conclusão das negociações dos acordos Mercosul-União Europeia (anunciado em 2024) e Mercosul-Singapura (assinado em 2023). Essas negociações integram a estratégia brasileira de diversificação das parcerias comerciais”, disse.

O EFTA é uma área de livre comércio formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein países que não fazem parte da União Europeia. Com uma população de 15 milhões de pessoas e um PIB de US$ 1,4 trilhão, os quatro integrantes desse bloco estão entre os maiores PIB per capita do mundo.

O tratado Mercosul-EFTA prevê compromisso de liberalização tarifária em setores industriais e agrícolas, respeitando as especificidades de cada mercado. Os dois blocos se beneficiarão com melhorias no acesso aos mercados para mais de 97% de suas exportações, o que resultará em um aumento do comércio bilateral e em vantagens para empresas e indivíduos. Juntos, Mercosul e EFTA formam um mercado de 290 milhões de consumidores e um PIB, em 2024, foi de US$ 4,3 trilhões.

“A finalização desses acordos, adicionada ao que foi assinado com Singapura em 2023, aumenta em 2,5 vezes a corrente de comércio brasileira coberta por acordos de livre comércio, passando de US$ 73,1 bilhões para US$184,5 bilhões. É um tratado muito abrangente, cobrindo desde comércio de bens e serviços até investimentos, propriedade intelectual e sustentabilidade. Significará mais previsibilidade e segurança jurídica para o nosso comércio”, afirmou.

Acesso Livre

O acordo de livre comércio entre os dois blocos tem uma base ampla, envolvendo comércio de bens, de serviços, investimentos, direitos de propriedade intelectual, compras públicas, concorrência, regras de origem, defesa comercial, medidas sanitárias e fitossanitárias, barreiras técnicas ao comércio, questões legais e horizontais, incluindo solução de controvérsias, e um capítulo sobre comércio e desenvolvimento sustentável com seu correspondente Entendimento.

O livre comércio de produtos brasileiros – considerando os setores agrícolas e industrial – aos mercados da EFTA chegará a quase 99% do valor exportado.

Em relação a Islândia e Liechtenstein, a totalidade das exportações brasileiras estará na lista de livre comércio. Já para Noruega e Suíça, os percentuais são de, respectivamente, 99,8% e 97,7%.

Os textos com os termos do acordo, segundo o comunicado conjunto dos dois blocos, serão publicados após passarem pelas revisões legais.

As informações partem do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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