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OCDE revisa para baixo crescimento do PIB global, para 2,9% em 2025 e 2026, por conta de tarifas comerciais

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O relatório mais recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), “Perspectivas Econômicas, Volume 2025, Edição 1”, projeta uma desaceleração no crescimento global, com o Produto Interno Bruto (PIB) mundial previsto para crescer 2,9% em 2025 e 2026, abaixo das estimativas anteriores de 3,1% e 3%, respectivamente. Essa revisão para baixo é atribuída principalmente ao aumento das barreiras comerciais, especialmente as tarifas impostas pelos Estados Unidos sob a administração de Donald Trump, que elevaram a taxa efetiva de tarifas para 15,4%, o nível mais alto desde 1938. Essas medidas têm impactado negativamente o investimento e o consumo, elevando os custos para consumidores e empresas e aumentando a incerteza econômica.

Nos Estados Unidos, a OCDE prevê que o crescimento do PIB desacelere para 1,6% em 2025 e 1,5% em 2026, uma queda significativa em relação aos 2,8% registrados em 2024. Esse declínio é atribuído às políticas comerciais protecionistas, que têm afetado a confiança dos consumidores e dos investidores. Além disso, a inflação nos EUA é projetada para atingir cerca de 4% em 2025, o que pode atrasar cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve. O déficit orçamentário dos EUA também é uma preocupação, com projeções indicando que poderá atingir 8% do PIB até 2026.

Na Europa, a zona do euro enfrenta desafios semelhantes, com a OCDE reduzindo a previsão de crescimento para 1% em 2025 e 1,2% em 2026. A Alemanha, maior economia do bloco, teve sua previsão de crescimento ajustada para 0,4% em 2025. A inflação na região permanece persistente, com a inflação de serviços ainda elevada devido a mercados de trabalho apertados. O Banco Central Europeu é esperado para reduzir as taxas de juros gradualmente, com a taxa de política monetária projetada para cair para 2% até o final de 2025.

A China também enfrenta uma desaceleração, com o crescimento do PIB projetado para cair de 4,8% em 2024 para 4,4% em 2026. Isso se deve à diminuição da demanda externa e à redução dos incentivos governamentais. No entanto, medidas de apoio do governo, como subsídios, estão ajudando a mitigar os efeitos negativos. Enquanto isso, países como México e Canadá são particularmente afetados pelas tarifas dos EUA, com o México projetado para entrar em recessão, com contrações do PIB de 1,3% em 2025 e 0,6% em 2026.

O relatório da OCDE aponta que o Japão lidou bem com o duplo choque da pandemia e da crise energética. No entanto, os fortes ventos contrários decorrentes do fraco crescimento global, das tensões geopolíticas e da alta inflação destacam a importância de aumentar a resiliência da economia japonesa a choques. O PIB japonês deve crescer 0,7% este ano e 0,4% em 2026. Em um contexto de inflação acima da meta e de pressões decorrentes da divergência nas políticas monetárias de outros países, ajustes nos parâmetros da política monetária já começaram a ser implementados.

Considerando a elevada dívida pública, a consolidação fiscal para reconstituir margens de segurança – apoiada por um arcabouço fiscal crível de médio prazo, capaz de colocar a relação dívida/PIB em uma trajetória claramente descendente – é essencial.

Segundo a OCDE, a economia brasileira se recuperou com força após a pandemia de Covid-19. O PIB do país deverá crescer 2,1% em 2025 e 1,6% em 2026. A demanda doméstica resiliente, sustentada por transferências sociais, continua a impulsionar o crescimento. A inflação está diminuindo, abrindo espaço para um maior afrouxamento da política monetária. No entanto, a dívida pública permanece elevada, exigindo maior eficiência nos gastos e a rápida implementação do novo arcabouço fiscal recentemente aprovado. A reforma tributária sobre o consumo, já planejada, reduzirá significativamente os custos de conformidade. A produtividade caiu na última década, e para recuperá-la serão necessárias mais reformas estruturais.

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