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RADAR DO DIA: Déficit nos EUA; Haddad e pacote fiscal no Brasil

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em alta. A semana termina com o cenário econômico ainda incerto diante do projeto de cortes de impostos e gastos proposto pelo presidente dos Estados Unidos, que foi aprovado ontem na Câmara dos Representantes. Wall Street teme que a legislação possa adicionar trilhões de dólares ao déficit existente de US$ 36 trilhões, sobretudo depois que a agência de risco Moody’s citou diretamente a proposta ao rebaixar a nota de crédito do país, na semana passada.

Os rendimentos de títulos de longo prazo, em foco depois que o rebaixamento da Moodys, recuaram após uma alta constante nos últimos dias. O rendimento de 30 anos caiu ligeiramente abaixo de 5,1%, depois de ter flertado com níveis não vistos desde a crise financeira. O rendimento de referência de 10 anos recuou para cerca de 4,55%.

A Moodys projeta que o déficit federal dos Estados Unidos subirá para quase 9% do produto interno bruto em 2025, ante 6,4% em 2024. Esse rebaixamento levanta dúvidas sobre a capacidade dos Estados Unidos de administrar seus gastos e dívidas no longo prazo. Para o diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Christopher Waller, é possível cortes na taxa de juros ainda este ano, e que a precificação de mercado indica que os investidores estão preocupados com o fato de o atual projeto de lei orçamentária e tributária apoiado pelos republicanos no Congresso não fazer o suficiente para lidar com o déficit dos Estados Unidos.

“Os mercados estão de olho na política fiscal que está sendo considerada agora, e eles têm algumas preocupações sobre se ela vai reduzir o déficit. Quero dizer, tivemos déficits de US$ 2 trilhões nos últimos anos. Isso simplesmente não é sustentável”, disse Waller. Como a versão do projeto de lei aprovada pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos ainda precisa passar pelo Senado, Waller observou que os mercados podem exigir um prêmio para comprar a dívida pública até que fique claro que os gastos do governo vão moderar. Os republicanos controlam ambas as casas do Congresso.

Por aqui, o mercado ainda repercute a divulgação do pacote fiscal e corte de gastos divulgado ontem pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento, que ajusta o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) e prevê contenção de gastos de R$ 31,3 bilhões no orçamento (R$ 20,7 bilhões em contingenciamento e R$ 10,6 bilhões em bloqueio) com o objetivo de atingir a meta fiscal. A
expectativa do governo é os ajustes no IOF podem gerar impacto na arrecadação de R$ 20,5 bilhões em 2025 e de R$ 41 bilhões em 2026. A vigência das medidas será imediata, a partir de 23/05/2025, exceto operação de financiamento e antecipação de pagamentos a fornecedores (“forfait” ou “risco sacado”), com vigência em 01/06/2025.

Para Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, os números divulgados pelo governo de R$ 31,3 bi em contenção de gastos “parecem que foram maiores do que o mercado estava esperando, mas o bloqueio foi só de R$ 10 bilhões, que era mais ou menos o que o mercado estava estimando. “É que junto ele anunciou um contingenciamento de R$ 20 bilhões. Não acredito muito nesse anúncio como uma grande credibilidade do governo, acho que pode acontecer como no ano passado, com os ministérios do Planejamento e a Fazenda fazendo vista grossa ou não conseguindo que os demais ministérios cumpram isso, tanto que a gente tem visto os ministros falando em gastos, não em corte de custos”, ponderou Cruz.

Hoje pela manhã, após o Ministério da Fazenda recuar e decidir manter em zero a alíquota de IOF sobre transferências relativas a aplicações de fundos no exterior, que também seria taxado em 3,5%, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu uma entrevista coletiva afirmando que a revisão foi feita para “evitar especulações sobre inibição de investimentos e que era justa”. Segundo o ministro, não há problema em corrigir rotas, o governo está aberto ao diálogo e que o impacto da revisão será muito baixo, cerca de R$ 2 bilhões. “A decisão tomada ontem busca
harmonizar política monetária e fiscal, e é possível que seja necessário fazer ajuste ao longo da semana na contenção para compensar a mudança”, ressaltou Haddad.

No setor corporativo, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que o licenciamento ambiental sofreu um golpe de morte, ao comentar o projeto de lei (PL 2.159/2021) que estabelece um novo marco legal para o licenciamento ambiental no Brasil aprovado no Senado com 54 votos favoráveis e 13 contrários na quarta-feira (21). Como o texto foi alterado pelos senadores, o projeto retorna à Câmara dos Deputados para nova análise. “O governo é contrário a esse desmonte do licenciamento ambiental brasileiro. O governo tem uma série de dificuldades em relação a uma base segura de sustentação. E isso varia para cada tema. Não é a primeira vez
que a gente sofre alguma dessas derrotas, inclusive em agendas que são igualmente estratégicas, mas vamos continuar dialogando o tempo todo com o Congresso”, disse a ministra.

A Vale informa que seu conselho de administração aprovou, na quinta-feira (22), emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em três séries, no valor total de R$ 6 bilhões, com prazos de 7, 10 e 12 anos, que serão objeto de oferta pública de distribuição no mercado brasileiro, sob o rito de registro automático de distribuição de valores mobiliários.

Até às 19h00 de quinta-feira (22), o painel de dados disponibilizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apontava que há doze casos suspeitos de gripe aviária que estão sendo investigados no Brasil.

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. (Taesa) informa que Fábio Antunes Fernandes apresentou hoje a sua carta de renúncia ao cargo de diretor de Negócios com efeito imediato. O conselho de administração da companhia, em reunião realizada na mesma data, elegeu Mauricio Dall’Agnese em substituição, com posse a partir de 23 de maio, conforme mandato definido nos termos do Estatuto Social.

A Allos informa, quanto ao pagamento de juros sobre capital próprio, que houve alteração do número de ações em tesouraria em função do programa de recompra. Dessa forma, o valor bruto final dos juros sobre capital próprio a ser pago no dia 3 de junho passou a ser R$ 0,101814360 por
ação.

A Unigel informa que foi celebrado em 22 de maio acordo com a Petrobras, em audiência homologatória perante o Tribunal Arbitral da Arbitragem CCI, que prevê o encerramento de todos os contratos entre as partes, inclusive os contratos de arrendamento das plantas de fertilizantes (FAFENs), localizadas na Bahia e em Sergipe, com o consequente restabelecimento da posse dessas unidades pela estatal em data a ser definida pelas partes. A empresa disse que o acordo consubstancia a resolução definitiva das disputas contratuais e litígios existentes entre as
empresas e que as condições do acordo são confidenciais. As empresas aguardam a liberação da sentença homologatória pelo Tribunal Arbitral.

A Gerdau e a Metalúrgica Gerdau informam que, a partir de 2 de junho, a corretora do BTG Pactual passará a ser a instituição financeira depositária das ações escriturais de emissão das companhias, em substituição à corretora do Itaú.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou, em 21 de maio, a entrada em operação do FPSO (sigla em inglês para Floating Production, Storage and Offloading) Alexandre de Gusmão, afretada pela Petrobras da empresa SBM Offshore. O navio-plataforma já está no campo de Mero, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, a aproximadamente 190 km da costa da cidade do Rio de Janeiro, e operado pela Petrobras.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério dos Transportes realizaram na quinta-feira (22), na sede da B3, em São Paulo, o leilão da BR-163/MS, rodovia estratégica para o escoamento da produção agroindustrial brasileira. A atual concessionária, Motiva (antiga CCR MSVia), foi a vencedora do certame sem concorrência e seguirá à frente da operação do trecho de 847,2 quilômetros, com um contrato otimizado e vigência de 29 anos.

Emerson Lopes / Safras News
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