Porto Alegre, 21 de fevereiro de 2025 – O mercado físico do boi gordo voltou a registrar preços em baixa ao longo desta semana nas principais praças de produção e comercialização do País.
disse o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
“Novamente precisa ser mencionado o papel da oferta de fêmeas nesse movimento de queda, fazendo com que a indústria frigorífica conseguisse um bom avanço de suas escalas de abate. Esse cenário foi bastante representativo na Região Norte e contribuiu para a queda que se sucedeu nos demais estados que contam com abates relevantes. Por outro lado, as exportações de carne bovina em bom nível são a principal variável de sustentação dos preços, evitando quedas ainda mais contundentes”, disse o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Segundo o analista, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com a atual posição das escalas de abate, somado ao comportamento dos preços da carne no atacado. “O enfraquecimento da demanda doméstica de carne bovina é outra das justificativas para este movimento. O fato é que as indústrias seguem exercendo pressão sobre o mercado, estratégia que deve prevalecer, ao menos no curto prazo”, assinalou.
Com isso, os preços médios da arroba do boi gordo na modalidade à prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 20 de fevereiro:
* São Paulo – R$ 315,33 a arroba, contra R$ 318,15 a arroba em 14 de fevereiro, queda de 0,88%.
* Goiás – R$ 298,57 a arroba, ante R$ 300,18 a arroba (-0,53%).
* Minas Gerais – R$ 305,59 a arroba, contra R$ 307,35 a arroba (-1,12%).
* Mato Grosso do Sul – R$ 304,43 a arroba, ante R$ 309,77 a arroba (-1,72%).
* Mato Grosso – R$ 305,07 a arroba, ante R$ 316,92 a arroba (-3,73%).
Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 494,078 milhões em fevereiro (10 dias úteis), com média diária de US$ 49,407 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 99,848 mil toneladas, com média diária de 9,984 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.948,30. Em relação a janeiro de 2024, houve alta de 16,1% no valor médio diário da exportação, ganho de 6,2% na quantidade média diária exportada e avanço de 9,3% no preço médio.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Safras News
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