Disponibilidade é mais curta no mercado físico de algodão, com vendedores dosando oferta

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     Porto Alegre, 12 de julho de 2024 – O mercado doméstico de algodão teve uma semana de comercialização pontual. A disponibilidade tem sido mais curta no físico, com os vendedores dosando a oferta e favorecendo a valorização do algodão brasileiro no mercado externo. Algumas tradings continuaram trabalhando com interesse para a safra 2025. As cotações internas andaram descoladas da Bolsa de Nova York, informou a Safras Consultoria.

     Na quinta-feira (11), a pluma de algodão paga ao produtor em Rondonópolis (MT) ficou cotada a R$ 3,93 por libra-peso (ou R$ 130,12 por arroba). O mercado está 1,58% acima do valor de uma semana atrás, quando a pluma era negociada a R$ 3,87 por libra-peso (R$ 128,10 por arroba). Na comparação com igual período de um mês, a pluma também subiu, trocando de mãos a R$ 3,65 por libra-peso (R$ 120,80 por arroba).

     Já a indústria local reduziu um pouco sua demanda, trabalhando com mais cautela. O preço do algodão colocado na indústria em São Paulo ficou em R$ 4,10 por libra-peso, um recuo de 0,73% em comparação com a quinta-feira (4), quando o algodão era cotado a R$ 4,13 por libra-peso. No mesmo período do mês passado, acumula uma alta de 5,13% (R$ 3,90 por libra-peso).

Safra 2023/24 de algodão em pluma – Conab

     A safra brasileira de algodão em pluma na temporada 2023/24 está estimada em 3,636 milhões de toneladas, aumento de 14,6% na comparação com as 3,173 milhões de toneladas indicadas na safra 2022/23. Os números fazem parte do 10o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2023/24.

     A produtividade das lavouras está estimada em 1.870 quilos de algodão em pluma por hectare, ante 1.907 quilos por hectare na temporada 2022/23. A área plantada com algodão na temporada 2023/24 está estimada em 1,944 milhão de hectares, elevação de 16,9% na comparação com os 1,663 milhão de hectares da safra passada.

     O Mato Grosso, principal Estado produtor, deverá colher uma safra de algodão em pluma de 2,632,1 milhões de toneladas, número que representa um avanço de 16,9% ante 2022/23, quando foram produzidas 2,251,5 milhões de toneladas.

     A Bahia, segundo maior produtor de algodão, deve colher 669,0 mil toneladas de algodão em pluma, elevação de 6,8% sobre 2022/23 (626,2 mil toneladas). Goiás deverá ter uma safra 2023/24 de 56,0 mil toneladas, um avanço de 7,7% sobre 2022/23 (52 mil toneladas).

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     Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Safras News

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