Porto Alegre, 5 de julho de 2024 – O mercado do arroz segue enfrentando um cenário desafiador, marcado por baixa liquidez e preços apenas nominais. “A redução das saídas de arroz beneficiado para grandes centros consumidores nacionais, como São Paulo e Minas Gerais, limita significativamente a movimentação”, explica o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira. “Pouco giro nas gôndolas tem sido registrado e as indústrias têm reportado muita dificuldade na venda”, acrescenta.
Segundo o analista, o dólar elevado está gerando mais desafios do que vantagens, com os custos de insumos e a manutenção de equipamentos pós-enchente cada vez mais altos no Rio Grande do Sul. “A título de exemplo, os preços dos fertilizantes já apresentam altas entre 3% e 11% em relação ao mês anterior e até 54% em relação ao mesmo período do ano anterior”, pondera.
Com menos de três meses para o início dos trabalhos de plantio da próxima temporada e muitos produtores ainda se recuperando dos enormes prejuízos, o panorama é de incertezas, “palavra essa que define o ano de 2024”, afirma Oliveira.
As perspectivas, conforme o consultor, apontam para uma das safras mais caras da história e com dificuldades para um aumento consistente de área plantada, essencial para um cenário mais equilibrado em 2025.
Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) fechou a quinta-feira (4) cotada a R$ 115,28, apresentando um avanço de 1,77% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, havia uma queda de 4,78% e um aumento de 40,55% quando comparado ao mesmo período de 2023.
Rodrigo Ramos/ Agência Safras News
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