São Paulo, 10 de junho de 2024 – As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus elevaram de 3,88% para 3,90% a previsão para a inflação medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024. A meta para a inflação no período é de 3,00%.
A projeção de inflação nos preços administrados – que são controlados por contrato ou pelo poder público – ficou estável em 4,00%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu de 2,90% para 2,96%.
Para 2025, as instituições financeiras elevaram de 3,77% para 3,78% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A meta para a inflação no período é de 3,00%.
A estimativa de inflação nos preços administrados em 2025 ficou estável em 3,85%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M manteve-se em 3,80%.
A previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2024 foi mantida em 10,25%. Atualmente, ela está em 10,50%, o que significa que o mercado espera um corte de -0,25 ponto porcentual (pp) até o final do ano. Há quatro semanas, a estimativa para a Selic ao fim de 2024 estava em 9,75%.
Para 2025, a estimativa para a taxa Selic subiu de 9,18% para 9,25%. Há quatro semanas, a estimativa para a Selic ao fim de 2025 estava em 9,00%.
A projeção para a taxa de câmbio em 2024 ficou estável em R$ 5,05 por dólar, enquanto a estimativa para 2025 subiu de R$ 5,05 para R$ 5,09 por dólar. Há quatro semanas, a previsão para 2024 era de R$ 5,00, enquanto a previsão para 2025 estava em R$ 5,05
As instituições financeiras também mantiveram a previsão de déficit primário em 2024 em 0,70% do Produto Interno Bruto (PIB), mesmo valor observado na semana passada. O resultado primário equivale à diferença entre a receita e a despesa pública, sem considerar os gastos referentes à dívida do governo – como as despesas com o pagamento de juros.
A previsão para o resultado nominal – a diferença entre as receitas e as despesas do governo, inclusive aquelas relacionadas à dívida pública – foi de déficit de 7,04% do PIB, superior ao saldo negativo de 6,96% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida do setor público em 2024 diminuiu para 63,65% do PIB, comparada à projeção de 63,70% do PIB da semana passada.
Para 2025, as instituições mantiveram a previsão de déficit primário em 0,67% do PIB, mesmo valor observado na semana passada.
A previsão para o resultado nominal foi de déficit de 6,39% do PIB, superior ao saldo negativo de 6,30% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida em 2025 ficou estável em 66,50% do PIB.
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Camila Brunelli / Safras News
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