Previsão de inflação 2024 sobe a 3,76%; avança a 3,53% em 2025 – Focus

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Porto Alegre, 9 de abril de 2024 – As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus elevaram de 3,75% para 3,76% a previsão para a inflação medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024. A meta para a inflação no período é de 3,00%.

A previsão de inflação nos preços administrados – que são controlados por contrato ou pelo poder público – diminuiu de 4,15% para 4,13%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Indice Geral de Preços – Mercado  (IGP-M) manteve-se em 2,00%.

Para 2025, as instituições financeiras elevaram de 3,51% para 3,53% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A meta para a inflação no período é de 3,00%.

A projeção de inflação nos preços administrados em 2025 ficou estável em 3,92%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M manteve-se em 3,65%.

A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 foi elevada de 1,89% para 1,90%. A projeção para 2025 ficou estável em 2,00%. O BC estima que a economia brasileira crescerá 1,9% em 2024, segundo a edição mais recente do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicada em março.

A projeção para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2024 continuou em 9,00%. Atualmente, ela está em 10,75%, o que significa que o mercado espera um corte de 1,75 ponto porcentual (pp) até o final do ano.

Para 2025, a estimativa para a taxa Selic manteve-se em 8,50%.

A projeção para a taxa de câmbio em 2024 ficou estável em R$ 4,95 por dólar, enquanto a estimativa para 2025 manteve-se em R$ 5,00 por dólar. Quatro semanas atrás, a previsão para 2025 era igual, mas a estimativa para 2024 era menor, de R$ 4,93.

As instituições financeiras reduziram a previsão de superávit comercial em 2024 para US$ 80,50 bilhões, de US$ 82,00 bilhões na semana passada. A balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).

A previsão para o saldo em conta corrente – que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda – foi de déficit de US$ 32,00 bilhões, igual ao saldo negativo de US$ 32,00 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2024 ficou estável em US$ 65,00 bilhões.

Para 2025, as instituições mantiveram a previsão de superávit comercial  em US$ 74,55 bilhões.

A previsão para o saldo em conta corrente foi de déficit de US$ 35,00 bilhões, inferior ao saldo negativo de US$ 36,95 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2025 ficou estável em US$ 73,10 bilhões.

O déficit primário em 2024 ficou em 0,70% do Produto Interno Bruto (PIB), mesmo valor observado na semana passada. O resultado primário equivale à diferença entre a receita e a despesa pública, sem considerar os gastos referentes à dívida do governo – como as despesas com o pagamento de juros.

A previsão para o resultado nominal – a diferença entre as receitas e as despesas do governo, inclusive aquelas relacionadas à dívida pública – foi de déficit de 6,90% do PIB, igual ao saldo negativo de 6,90% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida do setor público em 2024 ficou estável em 63,85% do PIB.

Para 2025, as instituições mantiveram a previsão de déficit primário  em 0,60% do PIB.

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