Mercado de feijão tem estabilidade, maior oferta e registra negócios para março

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Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2024 – Com a colheita da primeira safra diminuindo, o mercado brasileiro de feijão teve uma semana de maior oferta, o que deve ajudar a recuperar os preços. Enquanto isso, os empacotadores já estão buscando negócios para o mês de março.

Segundo o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira, com o término do pico da ceifa do feijão carioca se espera uma redução gradual da oferta, o que pode contribuir para uma estabilização nos preços, uma vez que a demanda continua presente.

“Ainda temos desafios relacionados à qualidade devido às adversidades climáticas enfrentadas durante a primeira safra. O excesso de chuvas e eventos extremos como granizo, prejudicaram significativamente o rendimento e as condições da cultura”, afirmou.

A oferta predominante continua sendo de feijões classificados abaixo de nota 8,5, com o feijão de nota 8,5 sendo o mais comum comercializado nesta semana. Apesar disso, conforme o analista, as negociações não apresentaram um volume expressivo, com cerca de 6 a 8 mil sacas movimentadas.

De acordo com Oliveira, para as próximas semanas se projeta uma gradual recuperação nos preços do feijão carioca, à medida que a pressão da oferta diminua e a demanda aumente. O retorno à normalidade após o Carnaval também deve impulsionar as atividades comerciais. Além disso, com a aproximação da ceifa da segunda safra em abril, prevê-se um espaço para recuperação das cotações, pelo menos, na primeira quinzena de março.

Feijão preto

O Paraná, principal estado produtor do feijão preto, enfrentou dificuldades devido aos efeitos do El Niño, resultando em estoques reduzidos e preços elevados, acima de R$ 400 por saca. Apesar da escassez, as negociações continuam ocorrendo, principalmente por meio de vendas diretas e embarques, com os produtores aproveitando os preços atrativos.

“Em suma, temos um cenário de relativa estabilidade para o feijão carioca, com perspectivas de recuperação gradual nos preços, enquanto o feijão preto mantém-se em patamares elevados devido à escassez e à demanda persistente”, completou o analista.

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Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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