Consumo ainda fraco de frango limita recuperação dos preços ao produtor

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Porto Alegre, 26 de janeiro de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis para o frango vivo e mistos para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados à semana anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, os custos de nutrição animal voltaram a recuar, acompanhando o movimento verificado no milho e no farelo de soja, aliviando as margens.

O consumo ainda fraco, contudo, limitou uma recuperação dos preços pagos aos produtores pelo quilo vivo, mesmo em um cenário aparentemente mais confortável de abastecimento de insumos. Iglesias faz a ressalva de que segue necessário manter o ajuste de alojamento para evitar quadros nocivos de excesso de oferta.

No mercado atacadista, o setor se deparou com preços mistos, embora o ambiente de negócios ainda aponte para uma tendência de queda nas cotações, avaliando o cenário delimitado para o setor carnes. Vale destacar que o perfil de consumo segue reprimido neste período do ano, com a população descapitalizada em meio a despesas recorrentes, a exemplo do IPTU, IPVA e a compra de material escolar.

Preços internos

Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito subiu de R$ 9,60 para R$ 9,70, o quilo da coxa caiu de R$ 6,70 para R$ 6,55 o quilo da asa mudou de R$ 13,00 para R$ 13,20. Na distribuição, o preço do quilo do peito passou de R$ 9,80 para R$ 9,90, o quilo da coxa diminuiu de R$ 6,90 para R$ 6,70 e o quilo da asa aumentou de R$ 13,30 para R$ 13,40.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 9,70 para R$ 9,80, o quilo da coxa recuou de R$ 6,80 para R$ 6,65 e o quilo da asa passou de R$ 13,15 para R$ 13,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve alta de R$ 9,90 para R$ 10,00, o quilo da coxa retrocedeu de R$ 7,00 para R$ 6,90 e o quilo da asa subiu de R$ 13,30 para R$ 13,50.

O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo registrou estabilidade de R$ 5,25 e, em São Paulo, de R$ 5,20.

Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,55 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,80.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango permaneceu em R$ 4,65, em Goiás em R$ 5,15 e, no Distrito Federal, em R$ 5,25.

Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 5,40, no Ceará em R$ 5,40 e, no Pará, em R$ 5,50.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 380,167 milhões em janeiro (14 dias úteis), com média diária de US$ 27,154 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 233,126 mil toneladas, com média diária de 16,651 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.630,70.

Em relação a janeiro de 2023, houve baixa de 22,8% no valor médio diário, recuo de 5,7% na quantidade média diária e queda de 18,2% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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