Chicago e dólar recuam e devem limitar negócios da soja no Brasil

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     Porto Alegre, 26 de janeiro de 2024 – Com Chicago e dólar recuando, o dia deve ser de pressão sobre as cotações e poucos negócios no mercado brasileiro de soja nesta sexta. Os prêmios também seguem pressionados, o que deve manter o produtor retraído. As atenções se voltam para o trabalho de colheita e para o resultado dos rendimentos iniciais.

     O mercado teve um dia travado na quinta, com poucos lotes sendo movimentados pela indústria. Segundo analistas de SAFRAS & Mercado, os compradores tentam aumentar as compras, mas os vendedores seguram o quanto podem, comercializando o mínimo possível. Com Chicago caindo forte hoje e o dólar também no lado negativo, os preços internos recuaram nesta quinta-feira.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 125,00 para R$ 124,00. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 124,50 para R$ 123,00 a saca. No Porto de Rio Grande, o preço caiu de R$ 129,00 para R$ 127,00 a saca.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço desvalorizou de R$ 112,00 para R$ 111,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca decresceu de R$ 123,00 para R$ 122,00.

     Em Rondonópolis (MT), o preço da saca recuou de R$ 106,00 para R$ 104,00. Em Dourados (MS), o preço diminuiu de R$ 107,00 para R$ 106,00 a saca. Já em Rio Verde (GO), a saca passou em R$ 108,00 para R$ 104,00.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em março registram baixa de 0,28%, cotados a US$ 12,19 1/2 por bushel.

* O mercado estende o tom negativo da sessão anterior. A oleaginosa é pressionada pelas perspectivas de ampla oferta na América do Sul.

* Também ajuda no recuo das cotações a desaceleração da demanda pelo grão dos

Estados Unidos.

* Até o momento, a posição março/24 ainda acumula 0,7% de ganhos semanais.

* As safras e soja e milho da Argentina foram revisadas para cima nesta quinta-feira, uma vez que os rendimentos esperados de ambas as principais culturas de grãos se beneficiaram de mais chuvas no país.

* A estimativa da Bolsa de Cereais de Buenos Aires aponta para uma produção de soja em 52,5 milhões de toneladas em 2023/24.

PRÊMIOS

* Os preços FOB de exportação recuaram na quinta nos portos brasileiros, acompanhando a queda nas cotações na Bolsa de Mercadorias de Chicago. Os prêmios também seguem pressionados, diante da entrada da safra brasileira.

* Os prêmios de exportação da soja para fevereiro estavam em -115 e -100 centavos de dólar sobre Chicago no final da quinta no Porto de Paranaguá. Para março de 2024, o prêmio era de -120 a -95. Para maio de 2024, o prêmio estava em -90 a -70 pontos, conforme dados de SAFRAS & Mercado.

* O preço FOB (flat price) para março ficou entre US$ 405,30 e US$ 414,50 a tonelada na quinta. No dia anterior, a cotação oscilou entre R$ 411,60 e R$ 420,80.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com baixa de 0,16% a R$ 4,9154. O Dollar Index recua 0,32% a 103,24 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, +0,14%; Tóquio, -1,34%

* As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris, +2,25%; Frankfurt, +0,19%; Londres, +1,20%.

* O petróleo registra cotações mais baixas. O WTI para março recua  0,98% a US$ 76,60 o barril.

AGENDA

– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.

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      Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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