Porto Alegre, 19 de agosto de 2022 – O mercado brasileiro de milho registrou preços fracos nesta semana nas principais praças de comercialização, de estáveis a mais baixos no comparativo com a semana anterior. O ritmo dos negócios mostrou-se lento nos últimos dias.
Segundo a SAFRAS Consultoria, a oferta de milho foi crescente em muitos estados, sendo evidenciada maior fixação pelos produtores diante da necessidade de fazer caixa para honrar pagamentos. “O vencimento de dívidas dos produtores ainda é um fator importante a ser considerado”, aponta a SAFRAS.
Por outro lado, as exportações seguem em ótimo nível. Um bom fluxo de embarques neste segundo semestre, contribuindo muito para o escoamento da safrinha, pode limitar a oferta e garantir suporte aos preços. Os dados das exportações de agosto até agora vão mostrando esse desempenho. Até o começo da semana, contando os primeiros 10 dias úteis do mês, as exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 877,208 milhões, com média diária de US$ 87,720 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 3,236 milhão de toneladas, com média de 323,628 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 271,10.
Em relação a agosto de 2021, houve alta de 131,7% no valor médio diário da exportação, avanço de 64,2% na quantidade média diária exportada e valorização de 41,1% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria
de Comércio Exterior.
No mercado brasileiro, no balanço dos últimos sete dias (entre 11 e 18 de agosto), o milho em Campinas/CIF na venda recuou de R$ 85,50 para R$ 85,00 a saca, baixa de 0,6%. Na região Mogiana paulista, o cereal na venda caiu de R$ 82,00 para R$ 81,00, perda de 1,2%.
Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço baixou de R$ 85,00 para R$ 82,00 a saca, queda de 3,5%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação se manteve em R$ 80,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o valor seguiu em R$ 95,00 a saca.
Em Uberlândia, Minas Gerais, a cotação ficou estável em R$ 80,00 a saca. Em Rio Verde, Goiás, o mercado seguiu em R$ 77,00.
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Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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