Porto Alegre, 5 de agosto de 2022 – A semana foi marcada por sinais de melhora no escoamento da carne suína no Centro-Sul do Brasil. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, há um sinal de otimismo para os próximos dias, o que pode favorecer o ambiente de negócios envolvendo o suíno vivo.
Maia ressalta que a expectativa é de que o consumo e a reposição entre atacado e varejo avancem por conta da entrada de salários e da comemoração do dia dos Pais, no final da quinzena. “Os cortes bovinos e de frango também estão com viés positivo no atacado, o que também é positivo neste momento”, avalia.
O ponto de atenção é o custo de produção, que ainda pesa sobre as margens da atividade. “O preço do milho está firme no país nesta semana, com retração da fixação de oferta por parte dos produtores. O frete alto também atua negativamente, principalmente nos estados importadores do cereal, como Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, analisa.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo vivo no país subiu 2,67% na semana, passando de R$ 5,98 para R$ 6,14. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado avançou 3,02%, de R$ 9,93 para R$ 10,23. A carcaça teve alta de 3,37%, passando de R$ 9,26 para R$ 9,58.
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 606,5 mil toneladas nos primeiros sete meses de 2022. O volume é 8,9% menor ao registrado no mesmo período de 2021, quando foram embarcadas 665,4 mil toneladas.
A receita acumulada entre janeiro e julho deste ano chegou a US$ 1,337 bilhão, número 16,2% menor que o efetuado no mesmo período de 2021, quando foram obtidos US$ 1,596 bilhão.
Considerando apenas o mês de julho, as vendas do setor chegaram a 96,3 mil toneladas, volume 6,2% menor que as 102,7 mil toneladas exportadas em julho de 2021. O saldo em dólares dos embarques do mês totalizou US$ 222,4 milhões, número 9,7% menor que o resultado de julho do ano passado, com US$ 246,4 milhões.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo passou de R$ 133,00 para R$ 137,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,20. No interior do estado a cotação aumentou de R$ 6,15 para R$ 6,25.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração se manteve em R$ 5,20. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 6,20 para R$ 6,35. No Paraná o quilo vivo passou de R$ 6,10 para R$ 6,15 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,15.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande aumentou de R$ 5,85 para R$ 5,95, enquanto na integração o preço seguiu em R$ 5,20. Em Goiânia, o preço mudou de R$ 6,50 para R$ 6,90. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno subiu de R$ 6,80 para R$ 7,60. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 7,00 para R$ 7,80. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis elevou-se de R$ 5,80 para R$ 5,90. Já na integração do estado o quilo vivo continuou em R$ 5,20.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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