Porto Alegre, 07 de junho de 2022 – O dólar comercial fechou em alta de 1,62%, cotado a R$ 4,8740. O clima, durante toda a sessão, foi de preocupação com as incertezas fiscais que voltaram a ganhar força. A moeda norte-americana chegou a subir mais de 2,5%.
De acordo com o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “o imbróglio fiscal faz com que todos se preocupem. O real perde com muita força dos seus pares, em um movimento de forte aversão ao risco Brasil”.
Segundo o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, a proposta que visa controlar o preço dos combustíveis irá custar entre R$ 25 bilhões e R$ 50 bilhões, sem deixar claro a procedência deste montante, que não seguirá as regras do Orçamento, ficando fora do teto e da meta fiscal. De acordo com O Globo, Guedes teria dito que poderiam ser utilizados recursos da privatização da Eletrobras para tal finalidade.
Para o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, “o fiscal está estressando bastante, com soluções populistas na mesa. Os investidores estão ficando preocupados, já que o teto ajuda a controlar os gastos”.
Komura acredita que tal cenário, além de fortalecer o dólar, aumenta o risco e dificilmente será revertido: “A conta não irá chegar agora, mas em médio e longo prazo”, analisa.
De acordo com boletim da Correparti, “lá fora o dólar ganha de seus pares e trabalha misto frente às divisas emergentes ligadas às commodities”.
A Correparti destaca que as encomendas à indústria alemã, que caíram 2,7% em abril ante março, “acendem o alerta sobre a atividade da maior economia da região”.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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