OCDE prevê alta de 3% no PIB mundial em 2022 e de 2,8% em 2023

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OCDE

     Porto Alegre, 7 de junho de 2022 – Para a OCDE, a projeção do crescimento do PIB mundial em 2022 é de 3%, e de 2,8% para 2023. Os dados foram divulgados no Panorama Econômico da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), boletim bianual na qual a instituição divulga as tendências e perspectivas da economia para os próximos dois anos.

     “A invasão da Ucrânia, juntamente com paralisações nas principais cidades e portos da China devido à política Covid-zero, gerou um novo conjunto de choques. O crescimento do PIB global agora deve desacelerar acentuadamente este ano para 3%, cerca de 1,5% mais fraco do que o projetado nas Perspectivas Econômicas da OCDE de dezembro de 2021 e permanecer em um ritmo similar em 2023”, afirma o relatório.

     Em boa parte, isso é devido ao embargo do petróleo e carvão da Rússia por parte da Europa. Além disso, os preços das commodities vêm subindo bastante o que mostra a importância da Rússia e da Ucrânia no fornecimento mundial.

     Isso causa incerteza na economia do mundo todo, com vários riscos. A guerra na Ucrânia é um deles, visto que o fim dela ainda parece muito distante, com “uma abrupta crise em toda a Europa, com a interrupção dos fluxos de gás da Rússia, além de novos aumentos nos preços das commodities e gargalos mais fortes nas cadeias de suprimentos globais”.

     A inflação também é outro ponto de preocupação, cujas metas vêm se afastando dos objetivos dos bancos centrais de todo o mundo. “Aumentos acentuados nas taxas de juros também podem desacelerar o crescimento além do projetado. Os mercados financeiros até agora se ajustaram suavemente às condições financeiras globais mais apertadas, mas há vulnerabilidades potenciais para altos níveis de dívida e preços de ativos elevados”.

     A OCDE indica quais seriam respostas adequadas para os custos impostos pela guerra na Ucrânia: manter a política monetária focada em garantir as expectativas de inflação dentro das metas impostas pelo governo, desenvolver medidas fiscais temporárias, para amortecer o impacto dos choques de preços das commodities e alimentos para famílias vulneráveis; e reformas internas para aumentar a produtividade, resiliência e diminuir as reduções nas emissões de carbono. Com informações da Agência CMA.

     Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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