Chicago esboça reação técnica para soja / Aversão ao risco limita recuperação

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     Porto Alegre, 10 de maio de 2022 – Os contratos futuro da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em alta moderada, abaixo das máximas. Após atingir os menores níveis em cinco semanas, um movimento de compras técnicas, impulsionado pelo atraso no ritmo do plantio da safra americana, garantiu a elevação.

     Mas a alta foi limitada pela nova queda acentuada do petróleo e pelo aumento da aversão ao risco no mercado financeiro. Os agentes seguem se posicionando frente ao relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

     O Departmento divulga na quinta, 12, o seu primeiro levantamento com o quadro de oferta e demanda norte-americano para a temporada 2022/23. O USDA deverá indicar previsão de produção e estoques finais acima dos projetados para a atual temporada. O relatório de maio do Departamento será divulgado às  13hs.

     Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em safra de 4,604 bilhões de bushels, contra 4,435 bilhões da temporada 2022/23. Os estoques deverão ficar em 319 milhões de bushels, contra os atuais 260 milhões. Esse número deverá ser revisado para 222 milhões, aposta o mercado.

     Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial, a previsão do USDA deve indicar 98 milhões de toneladas para 2022/23, contra os atuais 89,6 milhões estimados pelo USDA para 2021/22. O mercado aposta em um corte para 89 milhões de toneladas.

     A safra brasileira 2021/22 deve ser cortada de 125 milhões para 124,5 milhões de toneladas. A produção da Argentina também deverá ser revisada para baixo, passando de 43,5 milhões para 42,8 milhões de toneladas.

     Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 7,00 centavos ou 0,44% a US$ 15,92 1/4 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 15,47 3/4 por bushel, com ganho de 10,25 centavos de dólar ou 0,44%.

     Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 1,30 ou 0,32% a US$ 401,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 81,04 centavos de dólar, com ganho de 1,30 centavo ou 1,63%.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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