Porto Alegre, 11 de março de 2022 – O mercado de frango registrou um cenário de preços acomodados ao longo da semana para o quilo vivo e de reação para os cortes negociados no atacado. “Entretanto, o cenário de preocupação dos produtores prossegue, uma vez que o custo de produção voltou a subir, puxado pelo milho e farelo de soja”, destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias.
Ele afirma que há perspectiva de avanço nas cotações tanto do quilo vivo quanto dos cortes de frango no curto prazo, em meio à boa reposição entre o atacado e o varejo durante a primeira quinzena do mês.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram variações para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O preço do quilo do peito subiu de R$ 7,50 para R$ 8,00, o quilo da coxa de R$ 6,10 para R$ 6,50 e o quilo da asa de R$ 9,30 para R$ 9,40. Na distribuição, o preço do quilo do peito mudou de R$ 7,70 para R$ 8,20, o quilo da coxa de R$ 6,30 para R$ 6,70 e o quilo da asa de R$ 9,50 para R$ 9,60.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de preços modificados durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 7,60 para R$ 8,10, o quilo da coxa de R$ 6,20 para R$ 6,60 e o quilo da asa de R$ 9,40 para R$ 9,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 7,80 para R$ 8,30, o quilo da coxa de R$ 6,40 para R$ 6,80 e o quilo da asa de R$ 9,60 para R$ 9,70.
As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 374,5 mil toneladas em fevereiro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 7,4% o total embarcado pelo país no segundo mês de 2021, com 348,8 mil toneladas. O resultado em dólares das exportações de fevereiro chegou a US$ 663 milhões, número 27,1% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, com US$ 521,6 milhões.
No primeiro bimestre, as vendas internacionais de carne de frango totalizaram 723,7 mil toneladas, volume 13% maior que o total exportado em 2022, com 640,4 mil toneladas. Em receita, houve aumento de 33,9%, com US$ 1,280 bilhão neste ano, contra US$ 956,1 milhões em 2021. “As altas históricas dos custos de produção têm pressionado positivamente os preços internacionais de carne de frango, com o repasse aos preços finais. Ao mesmo tempo, as ocorrências de focos de Influenza Aviária em vários países da Europa, Ásia, África e, mais recentemente, na América do Norte, também favoreceram o desempenho das exportações brasileiras”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,70. Em São Paulo o quilo continuou em R$ 4,90.
Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,10. No oeste do Paraná o preço se manteve em R$ 5,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo prosseguiu em R$ 4,80.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango continuou em R$ 4,60. Em Goiás o quilo vivo seguiu em R$ 4,80. No Distrito Federal o quilo vivo permaneceu em R$ 4,70.
Em Pernambuco, o quilo vivo se manteve em R$ 4,80. No Ceará a cotação do quilo permaneceu em R$ 4,50 e, no Pará, o quilo vivo seguiu em R$ 4,80.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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