Corteva aposta na redução da deriva no RS e colhe resultados

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     Porto Alegre, 17 de junho de 2021 – Desde 2019, a Corteva Agriscience vem investindo forte em recomendações e ações para diminuir a deriva de herbicidas no Rio Grande e reduzir os problemas em decorrência do uso de produto à base de 2,4-D. Mesmo sem indicar o volume de aporte financeiro – que fazem parte dos recursos liberados globalmente para as boas práticas agrícolas pela empresa -, os resultados, de maneira geral, têm sido positivos e produtivos.

      “Vemos isso na minimização da deriva e na procura dos produtores pelas ações colocadas à disposição pela Corteva. Em alguns casos, conseguimos identificar a deriva zero”, destaca o Coordenador do Programa de Boas Práticas Agrícolas da Corteva, Jair Maggioni, que concedeu entrevista à Agência SAFRAS.

     As ações da Corteva nesse sentido foram motivadas pela polêmica envolvendo a utilização de herbicidas hormonais em algumas regiões do Rio Grande do Sul, principalmente aos produtos à base do 2,4-D. Nos últimos 10 anos, a área cultivada com soja no território gaúcho cresceu consideravelmente, expandindo-se em regiões não tão tradicionais, como a Campanha.

     Em decorrência dessa expansão e pela característica de plantações próximas uma das outras no Rio Grande do Sul, diferentemente do Centro -Oeste, alguns problemas com a deriva na aplicação do produto perto de lavouras sensíveis – vinhedos, macieiras e oliveiras, por exemplo – começaram a ser registrados com maior frequência.

     Para dirimir estas ocorrências, o Ministério Público e a Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul editaram quatro instruções normativas, visando regular a utilização dos produtos e sua aplicação. Entre as determinações, destaque para a responsabilidade das empresas fabricantes em disponibilizar informações sobe como aplicar, o treinamento de aplicadores, o cadastramento de lavouras sensíveis, a criação de um canal de denúncia e a assinatura de termos.

     Segundo Maggioni, as normas, definidas em 2019, trouxeram resultados positivos, com forte diminuição de deriva no ano passado. “Mas esse é um trabalho contínuo que deveremos fazer e aprimorar ano após ano, até que fique praticamente automático”, explicou o coordenador.

      A Corteva vai seguir esclarecendo e desmistificando o uso do herbicida hormonal e sua aplicação de forma adequada. Entre as medidas adotadas pela empresa, Maggioni destaca o apoio a todo o processo, trabalhando conjuntamente com a Secretaria de Agricultura e o Ministério Público. “Investimos em estações meteorológicas, cerca de 20, que indicam a melhor programação para as aplicações nas regiões em questão, que envolvem 24 municípios. Fizemos folhetos e os distribuímos, além de suporte na parte de treinamento”, explicou, adicionando que entre 2019 e o final de 2020 foram formados 1.600 aplicadores nestes municípios mais críticos.

     Para 2021 e 2022, a Corteva vai continuar com a doação de bicos adequados e com as campanhas de informação. As instruções passarão a valer para todo o Rio Grande do Sul e não só nos 24 municípios atuais. “Vamos continuar com os treinamentos e focar nos nossos clientes, já que não teremos condições de expandir as ações para todo o estado”, ressalta o coordenador, informando que serão feitos contatos com outras empresas e a Emater para consolidar a expansão.

     Até junho de 2022, a Corteva tem programados mais 100 treinamentos presenciais. Respeitando as restrições sanitárias em decorrência da pandemia, esses treinamentos atualmente se restringem a 20 pessoas. A previsão é que as turmas passem a ter 30 participantes.

      Além do treinamento e da difusão de informações via internet e rádio, a Corteva aposta nos seus pacotes tecnológicos, como o Enlist, que assegura a diminuição de 90% na deriva. “Teremos muitas novidades a serem anunciadas ao longo dos próximos dois anos neste sentido”, concluiu Maggioni.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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