Porto Alegre, 29 de janeiro de 2021 – O mercado brasileiro de frango trabalhou com um cenário bastante desafiador no mês de janeiro. “A combinação de excedente oferta somado ao adicional de custos, com o encarecimento de relevantes insumos, como milho e farelo de soja levaram a uma rápida deterioração da margem operacional da atividade”, destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias.
Conforme ele, o mercado não deve encontrar sinais de reação no curto prazo. “Ao contrário, o ambiente é bastante difícil, em linha com os últimos alojamentos que ainda sinalizam para números que excedem 600 milhões de cabeças mensais. Os custos não oferecem alívio, uma vez que o milho permanece em patamar bastante acentuado. Apenas o controle de oferta será capaz de mitigar os efeitos dos custos de nutrição animal sobre a cadeia”, sinaliza.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram algumas alterações para os cortes congelados de frango ao longo do mês, na comparação como o encerramento de dezembro. O quilo do peito no atacado seguiu em R$ 6,00, o quilo da coxa baixou de R$ 6,10 para R$ 5,80 e o quilo da asa de R$ 12,00 para R$ 9,80. Na distribuição, o quilo do peito se manteve em R$ 6,20, o quilo da coxa caiu de R$ 6,30 para R$ 6,00 e quilo da asa de R$ 12,20 para R$ 10,00.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi modificações nos preços durante o mês. No atacado, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 6,10, o quilo da coxa retrocedeu de R$ 6,20 para R$ 5,90 e o quilo da asa de R$ 12,10 para R$ 9,90. Na distribuição, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 6,30, o quilo da coxa recuou de R$ 6,40 para R$ 6,10 e o quilo da asa de R$ 12,30 para R$ 10,10.
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 279,939 milhões em janeiro (15 dias úteis), com média diária de US$ 18,662 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 192,357 mil toneladas, com média diária de 12,823 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.455,30.
Na comparação com janeiro de 2020, houve queda de 16,89% no valor médio diário, perda de 7,47% na quantidade média diária e retração de 10,18% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,25. Em São Paulo o quilo vivo baixou de R$ 4,30 para R$ 4,00.
Na integração catarinense a cotação do frango caiu de R$ 3,80 para R$ 3,00. No oeste do Paraná o preço na integração retrocedeu de R$ 4,45 para R$ 4,40. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo recuou de R$ 4,25 para R$ 4,10.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 4,30. Em Goiás o quilo vivo se manteve em R$ 4,25. No Distrito Federal o quilo vivo caiu de R$ 4,30 para R$ 4,25.
Em Pernambuco, o quilo vivo baixou de R$ 5,80 para R$ 5,00. No Ceará a cotação do quilo recuou de R$ 5,70 para R$ 5,00 e, no Pará, o quilo vivo passou de R$ 5,80 para R$ 5,20.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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