Trigo tem indústria abastecida e vendedores inflexíveis no Brasil

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     Porto Alegre, 10 de janeiro de 2020 – O mercado brasileiro de trigo segue apenas com reportes pontuais de negócios. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, os agentes ainda buscam um posicionamento depois da retomada dos negócios neste início de ano.

     “O que se percebe nesta primeira semana de negócios em 2020 é que as cotações vêm apresentando firmeza. O sentimento é de que existe espaço para novas altas. Isso porque, as cotações nas Bolsas norte-americanas operam nos maiores níveis desde junho de 2019”, disse.

     Ciente da escassez de oferta de produto nacional nesta entressafra, a indústria retornou ao mercado brasileiro de trigo nesta segunda-feira mostrando um maior apetite comprador. Conforme o analista, devido aos grandes volumes de importações que vem ocorrendo entre dezembro e os primeiros dias de 2020, os moinhos estão com pouco espaço, buscando aquisições para entrega a partir de fevereiro. Também levando em conta a menor oferta, os produtores estão pouco flexíveis nas suas pedidas.

     No Golfo do México, o trigo hard dos EUA é indicado a US$ 271,00/tonelada (t). O argentino entre US$ 205/215/t nos portos de origem. Isso abre espaço para recuperação na Argentina e, consequentemente, no Brasil. O dólar acima de R$ 4,00 fecha o cenário que dá sustentação à tendência de alta das cotações no Brasil. Indicações no FOB do Paraná por volta de R$ 920,00/t. Nas regiões de produção do Rio Grande do Sul por volta de R$ 780,00/t.

     Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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