Dólar vai a R$ 5,20 e soja futura bate em R$ 102 em Rio Grande, indica SAFRAS

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     Porto Alegre, 18 de março de 2020 – O mercado brasileiro de soja teve mais um dia caótico nesta quarta-feira. O salto do dólar comercial, que superou a casa de R$ 5,25 ao longo do dia catapultou os preços e garantiu maior movimentação no Rio Grande do Sul, onde cerca de 250 mil toneladas trocaram de mãos.

     Neste cenário indefinido, o comprador colocou o pé no freio nas demais regiões do país, inviabilizando uma maior movimentação. Mas no Porto de Rio Grande, segundo consultas de SAFRAS & Mercado, a saca foi negociada a R$ 102,00, com entrega em junho/julho e pagamento em agosto.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 91,50 para R$ 93,00. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 91,00 para R$ 93,00. No porto de Rio Grande, o preço passou de R$ 96,50 para R$ 98,00.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço aumentou de R$ 87,50 para R$ 90,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca pulou de R$ 94,50 para R$ 97,50.

     Em Rondonópolis (MT), a saca permaneceu em R$ 84,00. Em Dourados (MS), a cotação saltou de R$ 79,50 para R$ 82,50. Em Rio Verde (GO), a saca permaneceu em R$ 81,50.

     Chicago

     Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mistos. As primeiras posições do grão tiveram ganhos moderadas e as demais caíram. O farelo registrou alta e o óleo caiu, seguindo o petróleo.

     O mercado sente o impacto do coronavírus e seus efeitos sobre a economia global, que limitam qualquer reação mais consistentes. As medidas de apoio da administração Trump e a perspectiva de uma maior demanda por parte do setor pecuário ajudaram a elevar as cotações.

     A forte baixa do petróleo deve prejudicar a demanda pelom etanol de milho. Com a menor fabricação do biocombustível, haverá menor produção de DDGs, usados para a alimentação animal. Com isso, a procura pelo farelo de soja deve subir.

     Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 1,25 centavo ou 0,15% em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,25 1/2 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 8,32 3/4 por bushel, com ganho de 1,75 centavo ou de 0,21%.

     Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 5,70 ou 1,91% a US$ 304,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 25,04 centavos de dólar, baixa de 0,20 centavo ou 0,79% na comparação com o fechamento anterior.

     Câmbio

     O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 3,97%, sendo negociado a R$ 5,2010 para venda e a R$ 5,1990 para compra, maior patamar da história. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0580 e a máxima de R$ 5,2570.

     Agenda de quinta

Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha – IBGE, 9hs.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

– Relatório mensal sobre as condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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