Plano contra crise depende de timing político, diz Guedes

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     São Paulo, 26 de novembro de 2020 – O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou de “exemplar” a parceria com o Congresso Nacional em 2020 e negou que o governo esteja sem um plano claro para sair da crise econômica. Segundo ele, o plano depende da vontade política de aplicá-lo. As informações são da Agência Brasil.

     Guedes citou o desempenho da bolsa de valores, que voltou aos melhores níveis desde fevereiro, para justificar que as medidas tomadas pelo governo para enfrentar a crise estão dando resultado. “A Bolsa sobe todo dia e o ministro está sem credibilidade? Eu sempre aprendi que é o contrário. A economia está acelerada, a geração de empregos está acelerada, a Bolsa sobe todo dia”, declarou.

     Guedes acrescentou que a velocidade de implementação do plano da equipe econômica depende de timing político. Ele disse que o governo, no início, não tinha articulação política, mas está evoluindo. Afirmando haver “falsas narrativas”, o ministro disse haver uma “crise de desrespeito” no Brasil.

     “Uma pessoa que eu nem sei quem é diz que eu estou desacreditado. O mercado faz novas altas todos os dias, mostrando que há confiança na políticaeconômica brasileira. O dólar descendo, a bolsa subindo, a economia voltando em ‘V’, os investimentos entrando”, comentou.

     Guedes deu entrevista ontem na portaria do Ministério da Economia após a aprovação do texto final da Lei de Falências. Ele estava acompanhado do secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, e do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

     Também destacou a manutenção da nota de risco do Brasil pela Agência Fitch, anunciada na semana passada, e os elogios recentes do Fundo Monetário Internacional (FMI) às medidas adotadas pelo Brasil durante a pandemia.

     “Aí o ministro está fazendo um trabalho, a economia voltou em ‘V’ [forte queda seguida de forte retomada], a arrecadação está subindo, a economia está retomando o crescimento, já estava começando a crescer, foi atingida pela doença. Aí todo mundo estava achando que ia ser a pior coisa do mundo, a economia começa a voltar. A tragédia está aí, nos machucou, atingiu nossas famílias, é péssimo. Agora, o que adianta ficar jogando pedra?”, comentou o ministro.

     Ele disse ter conversado recentemente com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, com o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), com a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) e com “senadores da oposição” para provar que tem “interlocução total” com o Congresso.

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