Porto Alegre, 20 de janeiro de 2021 – Após fechar 2020 com recorde nos embarques totais de café, de 44,5 milhões de sacas (somando café verde e industrializado), o Brasil deve manter um ritmo firme em suas exportações no primeiro semestre de 2021. A avaliação e o recado foram dados pelos dirigentes do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) em coletiva on line à imprensa nesta segunda-feira, quando foi divulgado o balanço dos embarques de café no ano fechado 2020 e de dezembro.
Segundo o diretor-técnico do Cecafé, Eduardo Heron Santos, entre janeiro e agosto o Brasil tem condições de abastecer o mercado tranquilamente, independente de como estaremos com a pandemia. “Temos um setor muito competente”, destacou. O presidente do Cecafé, Nélson Carvalhaes, disse que contamos com café suficiente para nossos embarques.
Questionado sobre se há preocupação no setor exportador com a menor safra do Brasil prevista para 2021, Carvalhaes disse que prefere não arriscar ou estimar o tamanho da safra que o Brasil colherá em 2021. “É muito cedo, temos que esperar até pelo menos março para ter uma ideia melhor”, comentou. Mas confia que os embarques seguirão firmes.
O diretor-geral da entidade, Marcos Matos, destacou que a demanda pelo café brasileiro segue aquecida. E salientou que o Brasil é o país que mais repassa preço FOB ao produtor de suas exportações.
O Cecafé apontou a importância da participação do Brasil no mercado mundial de café. “De cada 3 xícaras de café consumidas no mundo, mais de uma é de café produzido no Brasil”, afirmou o presidente da entidade, Nélson Carvalhaes. A participação do Brasil vem crescendo nas exportações mundiais, tendo subido de 30,9% em 2019 para 34,1% em 2020.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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