Porto Alegre, 18 de fevereiro de 2021 – A economia da zona do euro ainda enfrenta riscos devido à pandemia de covid-19 e a inflação permanece fraca, e assim amplo estímulo monetário permanece essencial, de acordo com a ata reunião do Conselho do Banco Central Europeu (BCE) realizada nos dias 20 e 21 de janeiro.
“Os membros concordaram que um amplo estímulo monetário permanece essencial para preservar as condições de financiamento favoráveis e a configuração dos instrumentos de política monetária foi considerada suficientemente favorável e flexível para fazer face à situação atual”.
No geral, os membros concordaram “que não havia espaço para complacência e que o Conselho do BCE deve continuar a estar pronto e usar todos os seus instrumentos, conforme apropriado, para garantir uma convergência robusta da inflação em direção à sua meta”, incluindo a taxa de depósito. Na reunião de janeiro, o BCE manteve suas principais taxas de juros e seus programas de compra de ativos inalterados.
Para os membros do BCE, dados recentes confirmaram “um impacto de curto prazo pronunciado da pandemia sobre a economia e uma fraqueza prolongada na inflação”. No cenário global, há sinais de melhoria nas perspectivas, ainda que a crise de saúde pública continue a representar sérios riscos.
Na eurozona, o ressurgimento de casos e novas medidas de contenção devem levar a declínio na atividade no quarto trimestre de 2020, embora menos pronunciado do que os previsto em dezembro. Por outro lado, a intensificação da pandemia deve pesar mais sobre a atividade no primeiro trimestre de 2021.
“O lançamento da vacinação estava se revelando lento e também havia preocupação com o possível impacto da disseminação de novas mutações mais virulentas do vírus”, diz a ata. Além disso, a evolução econômica continua desigual entre os setores, sendo o setor dos serviços mais afetado, e entre os países da zona do euro.
“No que diz respeito às políticas orçamentais, uma orientação orçamental ambiciosa e coordenada continua a ser crítica”. Os membros mostraram preocupação com o progresso “lento e desafiador” na implementação do pacote de apoio financiado pelo orçamento da União Europeia (UE).
Com relação aos preços, “parece haver pouco risco de deflação”, diz a ata. Já a “tendência persistente de apreciação do euro se inverteu desde o início de 2021”, e a evolução da taxa de câmbio do euro deve continuar a ser monitorada. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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