Porto Alegre, 19 de novembro de 2020 – O presidente da China, Xi Jinping, disse que o país está comprometido com a abertura econômica, prometeu assinar mais acordos de livre-comércio e cortar tarifas, acrescentando que não vai buscar desacoplamentos, sem citar especificamente os Estados Unidos.
“A China está comprometida com a abertura, que é sua política fundamental, uma política que não mudará em nenhum momento. A economia mundial enfrentou mais instabilidade e incerteza este ano. O protecionismo e o unilateralismo estão se acumulando. No entanto, a China não parou em sua busca pela abertura”, disse ele, na reunião virtual da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês).
Segundo o presidente, “a China reduzirá ainda mais as tarifas e os custos de transação instituídos pelo governo”. Além disso, o país “melhorará seu sistema de gestão de investimento estrangeiro. Os direitos e interesses legítimos dos investidores estrangeiros serão protegidos”.
Xi afirmou ainda que “a China continuará a promover a liberalização e a facilitação do comércio e do investimento, a concluir, por meio de negociações e acordos de livre comércio de alto padrão com mais países”, disse.
O presidente disse não buscar desacoplamentos econômicos, sem citar os Estados Unidos. As tensões comerciais entre os dois países têm aumentado nos últimos dois anos, e diferenças permanecem mesmo após a assinatura de um acordo comercial de fase um em janeiro deste ano. “Não vamos reverter o curso ou ir contra a tendência histórica nos ‘desacoplando’ ou formando um pequeno círculo para manter os outros de fora”, disse o presidente.
“Desejo reiterar que o compromisso da China com a abertura é forte e que a China abrirá ainda mais suas portas para o mundo”. Ao mesmo tempo, ele reiterou que “a China continuará a aprofundar as reformas estruturais do lado da oferta e a expandir ainda mais a demanda doméstica”.
Entre as medidas adotadas para abertura do país, Xi citou a Lei do Investimento Estrangeiro e as suas regras de apoio; a redução da lista negativa para o investimento estrangeiro; o maior acesso ao mercado financeiro; um plano para o desenvolvimento do porto de livre-comércio de Hainan e avanços na reforma e abertura em Shenzhen e Pudong.
As informações são da Agência CMA.
Revisão: Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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