Porto Alegre, 18 de novembro de 2021 – A recuperação econômica da zona do euro reduziu os riscos à estabilidade financeira no curto prazo, mas as vulnerabilidades estão se acumulando nos mercados imobiliários e por avaliações esticadas de ativos financeiros, disse o Banco Central Europeu (BCE), em seu relatório de Estabilidade Financeira divulgado ontem.
“As melhores condições econômicas reduziram os riscos de cauda no curto prazo para a estabilidade financeira”, diz o BCE, citando que a recente recuperação econômica foi refletida na atividade corporativa, com riscos de inadimplência e perdas bancárias significativamente menores.
“Embora as vulnerabilidades reduzidas do setor corporativo aliviem os riscos de crédito relacionados no curto prazo, as instituições não bancárias permanecem expostas ao risco de perdas de crédito substanciais caso as condições no setor corporativo se deteriorem”, diz o BCE.
Segundo o banco, para as seguradoras, os riscos são parcialmente mitigados por um ambiente operacional mais favorável, sustentado pela capitalização robusta do setor. “Para fundos de investimento, os crescentes riscos de crédito são exacerbados pelo alto risco de liquidez, bem como pelo aumento da exposição ao risco de duração”.
Com relação ao setor imobiliário, vulnerabilidades de médio prazo nos mercados de propriedade residencial da zona do euro continuaram a aumentar, de acordo com o relatório.
“Em particular, as famílias com hipotecas de taxa variável ou períodos de taxa fixa mais curtos em suas hipotecas estão expostas a um aumento inesperado nas taxas de juros, o que poderia afetar adversamente sua capacidade de serviço de sua dívida”, segundo o BCE. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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