Porto Alegre, 21 de outubro de 2022 – O total de navios que aguarda para embarcar açúcar nos portos brasileiros estava em 96 na semana encerrada em 19 de outubro, ante 98 na semana anterior (12), de acordo com levantamento realizado pela agência marítima Williams Brasil.
Conforme o relatório, foi agendado carregamento de 3,857 milhões de toneladas de açúcar, ante 3,871 milhões na semana anterior. Pelo Porto de Santos (SP) deve ser carregada a maior parte (2,717 milhões de toneladas). Depois aparecem o porto de Paranaguá, no Paraná (879.885 toneladas), Maceió, nas Alagoas (102.430 toneladas), Recife, em Pernambuco (53,500 mil toneladas), Suape, no mesmo estado (72.365 toneladas) e São Sebastião, em São Paulo, com 32 mil toneladas. A carga de açúcar a ser exportada consiste da variedade VHP (3.529.975 toneladas), Cristal B150 (129.000 toneladas), Refinado A-45 (149,865 mil toneladas), VHP em sacas (17 mil toneladas), e TBI (32 mil toneladas).
O relatório da agência leva em conta as embarcações já ancoradas, as que estão em largo esperando atracação e ainda as com previsão de chegada até o dia 21 de novembro.
Produção da Índia deve cair em 2022/23
A produção de açúcar da India deverá diminuir para 35,80 milhões de toneladas em 2022/23 (outubro-setembro), ante as 36,88 milhões de toneladas estimadas para 2021/22, caindo 3%, de acordo com o adido agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no país asiático.
Segundo o adido, maiores rendimentos da cana nos estados de Maharashtra e Karnakata serão compensados negativamente por uma safra levemente menor em Uttar Pradesh após um regime de chuvas de monções considerado errático em 2022.
A Índia deverá exportar 9,4 milhões de toneladas de açúcar em 2022/23, ante as recordes 11,7 milhões de toneladas registradas em 2021/22. O país deverá restringir as exportações em 2022/23 em uma tentativa de controlar os preços domésticos para os consumidores em um período de alta na inflação dos alimentos.
A Índia deverá consumir domesticamente 29 milhões de toneladas de açúcar em 2022/23, mesmo volume de 2021/22. A demanda interna do adoçante vem aumentando nos últimos anos, acompanhando o crescimento da indústria de alimentos e bebidas industrializados e um maior poder de compra da classe média.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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