Porto Alegre, 2 de setembro de 2022 – Agosto foi de poucos negócios e de preços mistos no mercado brasileiro de soja. Os principais formadores dos preços internos caminharam em posições opostas. Enquanto Chicago recuou, o dólar subiu. Os produtores mantiveram uma postura cautelosa, o que travou a comercialização.
A saca de 60 quilos recuou de R$ 186,00 para R$ 183,00 em Passo Fundo (RS) no mês que passou. Em Cascavel (PR), a cotação passou de R$ 184,50 para R$ 186,00. Em Rondonópolis (MT), o preço subiu de R$ 167,00 para R$ 172,00.
No Porto de Paranaguá, o preço avançou de R$ 191,00 para R$ 191,50 a saca de 60 quilos. Os prêmios seguiram firmes e a demanda teve alguns períodos de pico, principalmente pela maior presença dos compradores chineses.
Comercialização
A comercialização da safra 2021/22 de soja do Brasil envolve 82,6% da produção projetada, conforme relatório de SAFRAS & Mercado, com dados recolhidos até 2 de setembro. No relatório anterior, com dados de 5 de agosto, o número era de 79,9%.
Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 85,9% e a média de cinco anos para o período é de 87,8%. Levando-se em conta uma safra estimada em 125,88 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 103,955 milhões de toneladas.
Safra 2022/23
As vendas antecipadas da safra 2022/23 avançaram levemente no período. Levando-se em conta uma safra de 151,497 milhões de toneladas, SAFRAS estima uma comercialização antecipada de 18,6%, envolvendo 28,22 milhões de toneladas. Em igual período do ano passado, a comercialização antecipada era de 25,6% e a média para o período é de 25,9%. Em 5 de agosto, o número era de 17,3%.
Confira no vídeo abaixo entrevista com o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque:
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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