Venda de etanol no Centro-Sul atinge 1,25 bi de litros na 1a quinzena de 2021, aponta UNICA

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     São Paulo, 27 de janeiro de 2021 – Nos primeiros quinze dias de 2021, a venda de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul somou 1,25 bilhão de litros. Desse valor, 1,21 bilhão de litros foram destinados ao mercado interno e 41,68 milhões de litros para exportação.

     Do total comercializado no mercado doméstico, 387,96 milhões de litros referem-se ao etanol anidro e 819,55 milhões de litros ao etanol hidratado. Neste último, o volume vendido registra queda de 5,77% quando comparado com a mesma quinzena de janeiro de 2020 (869,72 milhões de litros de hidratado). 

     O volume total comercializado de hidratado no mercado interno desde o início da safra 2020/2021 até 16 de janeiro de 2021 retraiu 17,33%, atingindo 15,32 bilhões de litros versus 18,54 bilhões de litros registrados no mesmo período do ciclo anterior.  

     O álcool destinado a finalidades sanitizantes e industriais mantém trajetória ascendente, com aumento das vendas em 42,3% durante a primeira quinzena de janeiro. O total comercializado desde abril atingiu 1,04 bilhão de litros, volume 32,22% superior ao registrado até mesma data da safra 2019/2020 (786,58 milhões de litros), e 3,42% maior do que o total vendido durante todo o último ciclo agrícola (1,00 bilhão de litros).

     No acumulado desde o início da safra 2020/2021 até 16 de janeiro, as vendas de etanol pelas empresas do Centro-Sul acumulam retração de 9,98%, somando 24,56 bilhões de litros. Desse total, as exportações somam alta de 40,67%, totalizando 2,25 bilhões de litros, e as vendas ao mercado interno registram redução em torno de 13,14%, atingindo 22,31 bilhões de litros.

     Moagem e produção

     A quantidade de cana-de-açúcar processada pelas unidades no Centro-Sul somou 212,58 mil toneladas na primeira metade de janeiro. No acumulado da safra 2020/2021, a moagem alcançou 597,59 milhões de toneladas, alta de 3,17% quando comparado ao mesmo período do ciclo passado (579,21 milhões de toneladas).

     Levantamento junto às empresas indica que estão em operação na região Centro-Sul: 3 unidades processadoras de cana, 5 unidades exclusivas de milho e outras 2 usinas processando ambas as matérias-primas.

     De acordo com o diretor técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, “no período de entressafra deverá prevalecer a oferta de etanol a partir do milho e o uso do estoque nos produtores, dado que o início da colheita de cana-de-açúcar na região Centro-Sul deverá acontecer somente no final do primeiro trimestre”. 

     Em função da baixa moagem, as produções de açúcar e de etanol na primeira metade de janeiro foram reduzidas. A fabricação quinzenal de açúcar nesse período totalizou 7,57 mil toneladas e a de etanol 124,80 milhões de litros.

     “Estamos avaliando a programação de início de moagem das unidades produtoras. A nossa percepção é de que teremos um menor número de unidades em operação em março, com início mais concentrado no mês de abril, devido ao impacto da estiagem no desenvolvimento da cana”, explicou Rodrigues.

     Do total de etanol produzido, 115,10 milhões de litros foram fabricados a partir de milho. No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola, a fabricação de etanol de milho alcançou 1,98 bilhão de litros, 6,7% do total de biocombustível produzido, com crescimento de 72,92% em relação ao volume registrado no mesmo período da safra 2019/2020.

     No agregado desde o início da safra até 16 de janeiro de 2021, a produção de açúcar atingiu 38,19 milhões de toneladas versus 26,48 milhões de toneladas no mesmo período da última safra. No caso do etanol, a produção acumulada alcançou 29,42 bilhões de litros, dos quais 9,62 bilhões foram de anidro e 19,80 bilhões de hidratado. Este último apresenta uma queda de 11,46% quando comparado ao volume acumulado na safra 2019/2020 (32,24 bilhões de litros).

     “Apesar da pandemia, do menor consumo de combustíveis e dos melhores preços do açúcar, a oferta de etanol e dos outros biocombustíveis permitiu a geração de 18,7 milhões de CBios no último ano. O estoque de CBios no início de 2021 já supera 5,5 milhões de títulos e a oferta prevista para 2021 deve ultrapassar significativamente a meta estabelecida para este ano”, concluiu Rodrigues. 

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