Porto Alegre, 7 de julho de 2021 – Os membros Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) começaram se preparar para a redução gradual da compra de ativos, realizada mensalmente pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) no valor de US$ 120 bilhões, de acordo com a ata da reunião de 15 e 16 de junho. O documento mostrou que vários participantes preferem começar o chamado tapering pelos títulos lastreados em hipotecas, enquanto outros preferem uma diminuição equivalente.
“Vários participantes ofereceram seus pontos de vista sobre as compras de MBS do Comitê. Vários participantes viram benefícios em reduzir o ritmo dessas compras mais rapidamente ou antes das compras de Treasuries, à luz das pressões de valorização nos mercados imobiliários”, diz a ata.
“Vários outros participantes, no entanto, comentaram que reduzir o ritmo das compras de Treasuries e MBS era preferível porque esta abordagem estaria bem alinhada com as comunicações anteriores do Comitê ou porque as compras de títulos do Tesouro e MBS fornecem acomodação por meio de sua influência nas condições financeiras mais amplas”, acrescenta.
O documento mostra ainda que, nas próximas reuniões, os membros do Fomc concordaram em continuar avaliando a evolução da economia em relação às metas de pleno emprego e estabilidade de preços e em começar a discutir seus planos para ajustar a trajetória e a composição das compras de ativos. “Além disso, os participantes reiteraram a intenção de avisar com bastante antecedência de um anúncio para reduzir o ritmo de compras”, diz.
O Fomc adotou uma abordagem de alcance do progresso substancial para iniciar as discussões para a retirada da política de dinheiro fácil – que inclui a taxa de juros perto de zero – oferecida pelo Fed desde março do ano passado, quando a economia norte-americana foi duramente atingida pela pandemia de covid-19 e precisou ser fechada para conter a disseminação do novo coronavírus.
“O padrão do comitê de progresso adicional substancial foi, no geral, considerado como não tendo sido alcançado, embora os membros esperassem que o progresso continuasse. Vários membros mencionaram que esperavam que as condições para começar a reduzir o ritmo de compra de ativos fossem atendidas um pouco mais cedo do que haviam previsto nas reuniões anteriores à luz dos dados recebidos”, diz a ata.
O documento mostra ainda que alguns membros viram os dados recebidos como um sinal menos claro sobre o momento econômico e julgaram que o comitê teria informações nos próximos meses para avaliar melhor a trajetória do mercado de trabalho e da inflação. Como resultado, vários desses membros enfatizaram que comitê deveria ser paciente ao avaliar o progresso em direção a suas metas e ao anunciar mudanças nas compras de ativos.
“Os participantes geralmente julgaram que, por uma questão de planejamento prudente, era importante estar bem posicionado para reduzir o ritmo de compras de ativos, se apropriado, em resposta a desenvolvimentos econômicos inesperados, incluindo um progresso mais rápido do que o previsto em direção às metas do comitê ou surgimento de riscos que possam impedir o cumprimento dos objetivos do comitê”, diz a ata.
As informações são da Agência CMA.
Revisão: Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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