São Paulo, 12 de novembro de 2025 – A Vamos reportou lucro líquido de R$ 50,4 milhões no terceiro trimestre de 2025 (3T25), montante 72,7% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2024, informou a companhia após o fechamento do mercado de terça-feira (11). A companhia disse que “este foi um trimestre ainda pressionado por maiores custos e despesas associados à manutenção e preparação de frota e menores contribuições das divisões de vendas de ativos e de indústria para o ebitda, fazendo com que a depreciação e a despesa financeira associadas à frota ociosa, combinadas ao aumento da taxa básica de juros, reduzissem o lucro líquido para R$50 milhões.”
A empresa disse que no terceiro trimestre, “conseguiu apresentar resultados operacionais importantes”. Em apenas três meses, voltamos a aumentar a ocupação, a maior dos últimos trimestres, reduzimos os estoques de ativos, conquistamos recordes importantes de receitas, frota alugada e contratos em vigor, reduzimos a inadimplência, aumentamos a geração de caixa consideravelmente acima do ebitda e maior do que o consumo de caixa com os pagamentos de compra de ativos e juros, reduzimos a dívida líquida e alcançamos o guidance de alavancagem para o ano, mesmo mantendo o crescimento de forma consistente”, comentou administração da Vamos, no relatório trimestral.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 895,0 milhões no 3T25, um crescimento de 3,7% em relação ao 3T24. O segmento de locação contribuiu com ebitda de R$ 889,5 milhões, 3,7% acima do 3T24, enquanto o segmento industrial teve ebitda de R$ 5,6 milhões, 1,5% acima de um ano antes.
O ebitda ajustado totalizou R$ 895,0 milhões, crescimento de 3,7% em relação ao 3T24. A margem ebitda ajustada atingiu 58,5% entre julho e setembro deste ano, queda de 12,2 pontos percentuais (pp) frente a margem registrada em 3T24.
A receita líquida somou R$ 1,53 bilhão no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 25,2% na comparação com igual etapa de 2024. Deste valor, 67,9% veio de Serviços, com receita de R$ 1,04 bilhão, alta anual de 12%; 25,8% de Venda de ativos, com receita de R$ 394,9 milhões, 87,4 maior que no 3T24; 6,7% de Indústria, com R$ 101,7 milhões, leve alta de 0,1% na base anual; e -0,4% de Eliminações intercompany, com contribuição negativa de R$ 6,4 milhões, queda de 66,2% na comparação anual.
A empresa atribuiu a expansão da receita a: receita consolidada de locação recorde, beneficiada pelos recordes em locação e venda de Seminovos; receita de locação beneficiada pela demanda resiliente, aumento da taxa de ocupação, recorde de frota alugada, aumento dos yields marginais, reajustes de preços dos contratos principalmente onde há extensão de prazos , e boa diversificação setorial, com expansão da receita em diversos setores, como comércio e e-commerce, serviços, logística, transporte de combustíveis, mineração, transportes de cargas gerais, bebidas, indústria alimentícia, transporte de passageiros e engenharia; e receita recorde de venda de ativos no 3T25 alcançada através de um volume de vendas maior que o dobro do volume vendido no 3T24.
Ao final de setembro, a dívida líquida da companhia era de R$ 11,96 bilhões, um crescimento de 8,2% na comparação com a mesma etapa de 2024.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/ebitda ajustado, ficou em 3,27 vezes em setembro, queda de 0,04 vez em relação ao mesmo período de 2024. Em relação à alavancagem, a Vamos disse que, dada a elevada geração orgânica de caixa no 3T25, tanto de forma operacional como pela desaceleração do ritmo de compra de ativos (beneficiada diretamente pela estratégia de estender contratos sem a necessidade de compra de novos ativos), e mesmo com maiores pagamentos de juros, conseguiu reduzir a dívida líquida pela primeira vez em 8 trimestres, e atingiu o patamar de 3,27 vez, já cumprindo o guidance para o ano.
“De forma subsequente ao 3T25, realizamos duas novas emissões de dívidas, entre elas nossa primeira emissão de bond. Juntas, totalizaram R$2,2 bilhões em captações em outubro, com o objetivo de melhorar a gestão e o prazo médio da dívida. Como resultado, até o momento já foram pré-pagas dívidas no valor de R$1,3 bilhão, alongando o prazo médio de 4,0 anos para 4,8 anos, sem alterações no custo médio”, acrescentou.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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