USDA surpreende negativamente. Perda de força do dólar também pressiona a soja

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Porto Alegre, 15 de setembro de 2023 – O mercado de soja foi surpreendido nesta semana por um relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) considerado baixista. Apesar de efetuar cortes na safra e estoques do país para a temporada 2023/24, os números ficaram acima do esperado por analistas. No quadro mundial, as reservas para 2023/24 também superaram as expectativas.

Outro fator de pressão aos preços foi o dólar, que perdeu força frente ao real, diante do cenário externo mais favorável, com dados positivos para as economias chinesa e norte-americana. A moeda, que havia de aproximado de R$ 5,00, voltou a flertar com R$ 4,80 nesta semana.

O relatório de setembro indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,146 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 112,84 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 50,1 bushels por acre. O número ficou acima da previsão do mercado, que era de 4,139 bilhões de bushels. No relatório anterior, a previsão era de 4,205 bilhões ou 114,45 milhões de toneladas.

Os estoques finais estão projetados em 220 milhões de bushels ou 5,99 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 213 milhões. Em agosto, o número era de 245 milhões ou 6,67 milhões de toneladas.

O USDA projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 401,33 milhões de toneladas. Em agosto, a previsão era de 402,79 milhões. Os estoques finais estão foram reduzidos de 119,40 milhões para 119,25 milhões de toneladas. O mercado esperava um número de 118,5 milhões de toneladas.

A safra brasileira foi projetada em 163 milhões de toneladas. Para a Argentina, a previsão é de produção de 48 milhões de toneladas. A China deverá importar 100 milhões de toneladas.

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Rodrigo Ramos/ Agência SAFRAS

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