Porto Alegre, 18 de julho de 2025 – A semana foi marcada pela tentativa de reação dos preços futuros da soja na Bolsa de Chicago. Com dólar subindo e preços firmes, as cotações domésticas melhoraram, assim como o ritmo dos negócios. O re relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado no dia 11, teve pouco impacto no mercado.
O USDA indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,335 bilhões de bushels em 2025/26, o equivalente a 117,98 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 52,5 bushels por acre. No relatório anterior, os números era de 4,340 bilhões (118,11 milhões) e 52,5 bushels, respectivamente. O mercado esperava uma produção de 4,331 bilhões ou 117,87 milhões.
Os estoques finais estão projetados em 310 milhões de bushels ou 8,44 milhões de toneladas, contra 295 milhões do relório anterior – 8,03 milhões. O mercado apostava em carryover de 304 milhões de bushels ou 8,27 milhões de toneladas. O USDA está trabalhando com esmagamento de 2,540 bilhões de bushels e exportações de 1,745 bilhão. Em junho, os números eram de 2,490 bilhões e 1,815 bilhão.
Para a temporada 2024/25, o USDA indicou estoques de passagem de 350 milhões de bushels, abaixo da estimativa do mercado de 358 milhões. As exportações estão projetadas em 1,865 bilhão e o esmagamento em 2,420 bilhões de bushels.
O USDA projetou safra mundial de soja em 2025/26 de 427,68 milhões de toneladas. Para 2024/25, a previsão é de 422 milhões de toneladas. Os estoques finais para 2025/26 estão estimados em 126,1 milhões de toneladas, acima da previsão do mercado de 125,5 milhões de toneladas. Os estoques da temporada 2024/25 estão estimados em 124,3 milhões de toneladas, contra expectativa de 125,1 milhões de toneladas.
O USDA indicou safra brasileira em 2025/26 em 175 milhões de toneladas. Para 2024/25, a estimativa foi mantida em 169 milhões de toneladas – o mercado esperava 169,4 milhões.
A produção da Argentina em 2025/26 está prevista em 48,5 milhões de toneladas. Para 2024/25, o número foi elevado de 49 milhões para 49,9 milhões de toneladas. O mercado esperava 49,3 milhões de toneladas.
As importações da China estão estimadas em 112 milhões de toneladas em 2025/26 e em 106,5 milhões de toneladas em 2024/25, contra 112 milhões e 108 milhões projetados no relatório anterior.
Mercado
O mercado brasileiro de soja registrou grande volume de negócios, tanto nos portos quanto no interior do país nesta semana. De acordo com o analista Rafael Silveira, da consultoria Safras & Mercado, a combinação de alta na Bolsa de Chicago e dólar favorável ao longo da semana contribuiu para o avanço das negociações.
Os prêmios nos portos apresentaram pouca oscilação, sustentados por uma demanda firme. Já no interior, o basis permaneceu fortalecido, com boas oportunidades de venda, o que incentivou os produtores a comercializar o grão. “Como resultado, tivemos um spread positivo e um dia de forte movimentação no mercado”, conclui.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos manteve-se em R$ 132,00. No porto de Rio Grande (RS), o valor permaneceu em R$ 140,00 a saca. Em Cascavel (PR), a saca seguiu cotada em R$ 131,00. No porto de Paranaguá (PR), o preço avançou de R$ 138,00 para R$ 139,00. Em Rondonópolis (MT), o valor se manteve em R$ 120,00.
Dylan Della Pasqua / Safras News
Copyright 2025 – Grupo CMA





