A Ultrapar informa que o adiantamento para futuro aumento de capital feito por sua subsidiária Ultrapar Logística Ltda. na Hidrovias foi totalmente utilizado para a integralização de novas ações emitidas pela Hidrovias conforme aumento de capital homologado pelo seu conselho de administração nesta data. Adicionalmente, em decorrência do aumento de capital, a Ultrapar Logística passou a ser titular de 682.252.831 ações ordinárias de emissão da Hidrovias, representando aproximadamente 50,15% do seu capital social total, tornando-se, portanto, o primeiro acionista controlador da Hidrovias após a abertura de capital da companhia.
Em complemento, a Ultrapar Logística não é titular de outros valores mobiliários ou instrumentos derivativos referenciados em ações emitidos pela Hidrovias e informa que não há qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários da Hidrovias.
O início do exercício do poder de controle pela Ultrapar reforça a confiança no potencial de geração de valor da Hidrovias e consolida o seu papel como acionista estratégico de longo prazo, apoiando seu crescimento, governança e modelo de gestão, contribuindo com aporte de talentos e de conhecimento estratégico, operacional, administrativo e financeiro.
Mudanças na estrutura organizacional da Hidrovias
A Ultrapar informa que Décio de Sampaio Amaral, que em 2019 assumiu a posição de presidente da Ultracargo e liderou a empresa em um ciclo de crescimento e geração expressiva de valor, assumirá a posição de presidente da Hidrovias, empresa controlada pela Ultrapar.
Décio inicia o processo de transição, que será concluído até junho de 2025, com o atual presidente, Fabio Schettino, que teve papel fundamental para a construção e desenvolvimento da companhia em uma das maiores empresas do setor logístico do Brasil e continuará contribuindo para Hidrovias e Ultrapar como consultor em temas regulatórios e institucionais.
A Ultrapar comunica também que Fulvius Tomelin, que atuava como Vice-Presidente Comercial e de Novos Negócios da Ultracargo, assumirá a presidência da companhia.
Graduado em Administração de Empresas, com mestrado em Relações Internacionais pela Universidade de Ohio, Fulvius tem uma ampla experiência executiva nos setores de combustível e biocombustível, e atuou recentemente como presidente da ALE.
Lucro líquido cai 20% no 1T25, para R$ 363 mi
A Ultrapar obteve lucro líquido de R$ 363 milhões no 1o trimestre deste ano na comparação anual, queda de 20%, devido principalmente ao efeito negativo de equivalência patrimonial da Hidrovias, parcialmente compensado pela menor despesa financeira. Em relação ao 4T24, o lucro líquido apresentou queda de 59%, decorrente do menor ebitda parcialmente compensado pelo melhor resultado financeiro.
A receita líquida no 1o trimestre totalizou R$ 33,3 bilhões, alta de 10% ante o mesmo trimestre do ano anterior, decorrente principalmente do maior faturamento da Ipiranga e da Ultragaz. Em relação ao 4T24, a receita líquida apresentou redução de 6%, devido principalmente ao menor faturamento da Ipiranga.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado retraiu 12% na comparação anual, para R$ 1,188 bilhão. O ebitda ajustado recorrente caiu 9%, para R$ 1,183 bilhão na comparação anual, devido principalmente ao efeito negativo de R$ 139 milhões da equivalência patrimonial da Hidrovias, fruto das piores secas históricas nos corredores norte e sul. Em relação ao 4T24, o ebitda ajustado recorrente diminuiu 8%, devido principalmente ao efeito negativo de equivalência patrimonial da Hidrovias e ao menor ebitda da Ipiranga.
Por área de negócio, o volume da Ipiranga alcançou 5,578 milhões de metros cúbicos (m3) no 1o trimestre. O volume vendido da Ipiranga permaneceu praticamente estável em relação ao 1T24, reflexo principalmente do aumento de 1% no diesel e da redução de 2% no ciclo Otto, afetado por (i) aumento das irregularidades do biodiesel, (ii) crescimento da importação da nafta para gasolina e (iii) paridade da importação aberta a partir de fevereiro. Em comparação ao 4T24, o volume foi 7% menor, reflexo da sazonalidade típica entre os períodos.
Na Ultragaz, o volume total foi de 406 mil toneladas, alta de 1% na comparação anual, sendo 257 mil toneladas de gás envasado (+2%) e 149 mil toneladas a granel (0%). O volume vendido da Ultragaz no 1T25 aumentou 1% em relação ao 1T24, fruto do aumento de 2% no envasado, decorrente da maior demanda do mercado, enquanto o granel permaneceu estável pelo menor consumo pontual no segmento de gases especiais. Em comparação ao 4T24, o volume vendido foi 7% menor, reflexo principalmente da sazonalidade típica entre os períodos.
Por fim, na Ultracargo, a capacidade estática média permaneceu estável entre os períodos. O m3 faturado diminuiu 4% em relação ao 1T24, com menor movimentação de combustíveis em Santos e Itaqui parcialmente compensada pelo aumento de movimentação em Opla e de operações spot em Aratu. Em comparação ao 4T24, o m3 faturado diminuiu 6%, em função da menor movimentação de combustíveis em Santos e Itaqui e Opla parcialmente compensado pela maior movimentação spot em Aratu.
Ao final do trimestre, a dívida líquida consolidada da Ultrapar era de R$ 9,0 bilhões (1,7x EBITDA LTM Ajustado), em comparação a R$ 7,8 bilhões em dezembro de 2024 (1,4x EBITDA LTM Ajustado). O aumento do endividamento líquido deve-se principalmente ao pagamento de dividendos e recompra de ações, totalizando R$ 584 milhões, e ao investimento em capital de giro, decorrente do maior patamar de giro na Ipiranga (impulsionado pelos aumentos dos custos de combustíveis) e do efeito sazonal de fornecedores no início do ano. O aumento da alavancagem financeira é reflexo principalmente do maior endividamento líquido.
A companhia teve geração de caixa das atividades operacionais R$ 3 milhões no 1T25, comparado a um consumo de R$ 573 milhões no 1T24, principalmente em função do menor investimento em capital de giro e desembolso com imposto de renda.