UE e China discutem comércio, mas ainda há pontos divergentes

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     Porto Alegre, 28 de julho de 2020 – A União Europeia (UE) e a China realizaram a oitava rodada de discussões sobre comércio e relações econômicas, mas ainda há pontos de divergência entre os dois lados, de acordo com o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis.

   “A crise atual não nos dá outra opção senão trabalhar de mãos dadas com nossos parceiros globais, incluindo a China”, afirmou ele. “No entanto, também precisamos abordar pontos problemáticos, como a reciprocidade na forma como nossas empresas são tratadas. Precisamos fazer mais progressos nessas e em outras questões”. 

   O chefe da UE para o Comércio, Phil Hogan, que também participou da reunião por videoconferência, destacou que as relações com a China devem ser baseadas nos princípios fundamentais de reciprocidade e igualdade de condições, com regras claras e previsíveis.

   “Hoje, convidei a China a empreender uma reforma séria do sistema multilateral e de seu livro de regras e a remover as barreiras existentes que impedem o acesso ao mercado chinês de exportadores de bens e serviços da UE e de investidores europeus”, disse.

   Do lado chinês, participaram da videoconferência o vice-premiê Liu He e vários vice-ministros. Segundo a UE, os dois lados reconheceram progressos nas negociações por um acordo sobre investimentos, e o bloco reiterou seu pedido de melhorias da oferta da China em telecomunicações e informática, saúde, biotecnologia e veículos de energia nova.

   A UE também insistiu na importância de uma política de desenvolvimento sustentável, e recordou seu pedido à China para autorizar as exportações de produtos agrícolas de países membros nos setores de carne bovina e de aves, diz a nota. O bloco também destacou preocupações com novas restrições às exportações de alimentos.

   Por fim, “os dois lados também discutiram o acesso ao mercado no setor de serviços financeiros, com o lado da UE incentivando a China a continuar abrindo o mercado de serviços financeiros da China a investimentos estrangeiros”.

    As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

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