O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou o governador da Louisiana, Jeff Landry, como enviado especial para a Groenlândia. A nomeação reacendeu preocupações na Dinamarca e no território ártico. Trump voltou a defender que a Groenlândia, território dinamarquês com amplo autogoverno, passe a integrar os EUA, alegando razões de segurança e interesse em seus recursos minerais – posição elogiada por Landry.
A reação foi imediata. O chanceler dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, anunciou que convocará o embaixador americano em Copenhague e criticou duramente as declarações do novo enviado, classificadas como inaceitáveis. O primeiro-ministro da Groenlândia reforçou que o futuro da ilha cabe exclusivamente ao seu povo, enquanto autoridades dinamarquesas exigiram respeito à integridade territorial do reino.
Apesar de Landry afirmar que se sente honrado em “servir” para tornar a Groenlândia parte dos EUA, líderes políticos groenlandeses e dinamarqueses rejeitam a ideia. Parlamentares locais destacam que não há apoio interno para a anexação e que o objetivo da população é avançar gradualmente rumo à independência. A Groenlândia, estratégica para a defesa dos EUA no Ártico e com direito de declarar independência desde 2009, segue sendo um ponto sensível nas relações entre Washington e Copenhague.

