O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que não removerá Jerome Powell do cargo de presidente do Federal Reserve antes do fim de seu mandato em 2026, apesar de tê-lo chamado de “um burocrata inflexível”. Em entrevista à NBC, Trump reiterou seu pedido para que o Fed reduza as taxas de juros, alegando que Powell resiste por não ser seu “fã”. Apesar das críticas, a confirmação de que Powell permanecerá no cargo pode acalmar os mercados, que vinham preocupados com possíveis interferências políticas na autonomia do banco central.
O presidente americano insistiu que suas tarifas comerciais, embora controversas, enriquecerão os EUA no longo prazo, e atribuiu a contração do PIB no primeiro trimestre às políticas de Joe Biden. Ele minimizou preocupações sobre o aumento de preços ao consumidor devido às tarifas sobre a China, argumentando que os americanos não precisam de “30 bonecas ou 250 lápis”, mas sim de produção nacional. Trump também sinalizou que algumas tarifas podem se tornar permanentes para incentivar investimentos nos EUA.
As medidas protecionistas de Trump geraram volatilidade nos mercados, com quedas acentuadas nas bolsas no último mês. No entanto, o governo está negociando acordos comerciais com mais de 15 países para evitar tarifas mais altas, e o primeiro acordo pode ser anunciado em breve. Trump afirmou que a China está ansiosa por um acordo, já que os EUA cortaram relações comerciais abruptamente, mas ressaltou que qualquer acordo deve ser justo para os americanos.
Enquanto Trump atribui os aspectos positivos da economia às suas políticas, como a queda nos preços da energia, ele culpa Biden por quaisquer fraquezas. Suas declarações refletem um esforço para distanciar-se de indicadores negativos enquanto se apropria dos positivos, mesmo com o Fed mantendo juros altos. Apesar da turbulência, Trump segue confiante em sua estratégia comercial, apostando que as tarifas trarão benefícios econômicos no futuro.