Porto Alegre, 6 de março de 2020 – O mercado brasileiro de trigo encerra a primeira semana de março com ritmo de negócios ainda lento. “Apesar disso, a conjuntura do mercado segue indicando forte viés de alta para as cotações, devido a fatores como a oferta disponível, assim como o câmbio elevado”, destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Jonathan Pinheiro.
Nesta quinta-feira (5), a cotação cambial chegou a atingir R$ 4,66, elevando consideravelmente os custos de importação para os compradores nacionais. “Até o momento, já ingressou um pouco mais de 1 milhão de toneladas provenientes da Argentina, principal fornecedora ao Brasil”, relata Pinheiro. “Porém, ainda aguardam-se aproximadamente mais 6 milhões de toneladas”, pondera.
Com custos mais elevados, o repasse para a farinha já é prejudicado, podendo dificultar a comercialização do trigo. “A disponibilidade interna não é suficiente para suprir a demanda, corroborando para o cenário de alta nos preços, além das paridades de importação, que já estão abrindo espaços para reajustes positivos”, explica.
Para este mês, conforme o analista, já existe indicação de compradores dispostos a pagar preços superiores que poderão confirmar a tendência de elevação das cotações de referência para o mercado.
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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