Porto Alegre 13 de abril de 2023 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços acentuadamente mais baixos. O produto dos Estados Unidos segue pouco competitivo no mercado exportador. Temores de recessão nos EUA pressionam o petróleo e contribuíram para a queda.
Analistas ouvidos pela Dow Jones também atribuem a retração ao alívio das preocupações em torno do corredor de grãos no Mar Negro. A baixa indica que os temores dos traders diminuíram, após um início de semana atribulado com sinalizações de que a Rússia poderia terminar o acordo devido a barreiras sobre seus embarques.
Segundo a consultoria agrícola Sovekon, os preços domésticos do trigo seguem caindo na Rússia, enquanto o mercado internacional apresenta estabilidade. Em abril, as exportações da Rússia devem ficar entre 4,2 e 4,5 milhões de toneladas, perto do recorde para o mês.
O tom negativo foi fortalecido pelo relatório de exportações semanais norte-americanas, divulgado há pouco, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O volume registrado foi moderado frente à expectativa do mercado, que esperava embarques entre 100 mil e 500 mil toneladas, somando-se as duas temporadas.
As vendas líquidas norte-americanas de trigo, referentes à temporada comercial 2022/23, que tem início em 1o de junho, ficaram em 135.700 toneladas na semana encerrada em 6 de abril. As Filipinas lideraram as importações, com 43.000 toneladas. Para a temporada 2023/34, foram mais 67,8 mil toneladas. As informações são do USDA.
No fechamento, os contratos com entrega em maio de 2023 eram cotados a US$ 6,67 por bushel, baixa de 12,50 centavos de dólar, ou 1,83%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em julho de 2023 eram negociados a US$ 6,76 por bushel, recuo de 11,00 centavos, ou 1,6% em relação ao fechamento anterior.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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