Porto Alegre, 7 de janeiro de 2022 – O mercado brasileiro de trigo teve pouca movimentação nesta primeira semana de 2022. Na quinta-feira, os preços ficaram de estáveis a mais baixos em algumas praças, porém apenas nominais.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Roque, o mercado continua travado devido ao baixo interesse por novos negócios, tanto pelo lado comprador quanto pelo lado vendedor.
Também na quinta-feira, chamou a atenção do mercado o atraso no desembarque de trigo importado no porto de Santos devido à greve de auditores fiscais agropecuários. “Apesar de pontual, o atraso pode trazer alguma sustentação para os preços internos no curto prazo”, observou o analista. No câmbio, o dia foi de perdas, assim como contratos futuros em Chicago e Kansas. Os números fracos de exportações norte-americanas abriram espaço para a realização de lucros por parte de fundos especuladores.
Argentina
A colheita do trigo atinge 99,3% da área na Argentina. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a área plantada é de 6,6 milhões de hectares. A área apta para colheita fica em 6,359 milhões de hectares.
Em números absolutos, a ceifa atinge 6,301 milhões de hectares e acumula 21,662 milhões de toneladas. Os trabalhos avançaram 3,6 pontos percentuais na última semana e estão 1 ponto adiantados em relação ao ano passado. Com os bons rendimentos observados recentemente, a expectativa de produção foi elevada de 21,5 para 21,8 milhões de toneladas.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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