Transporte ferroviário pela Brado bate recordes na movimentação de carne de frango

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Porto Alegre, 19 de junho de 2023 – O transporte de carne congelada de frango para exportação pela Brado registrou dois recordes nos primeiros três meses deste ano e crescimento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. Março teve a maior movimentação, com 3.068 contêineres, cerca de 82,8 mil toneladas. Janeiro foi o segundo melhor resultado da Companhia.

Os números acompanham o crescimento desse mercado, que vem batendo recordes sucessivos. O Brasil registrou aumento de 15,1% nas exportações no primeiro trimestre, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Conforme dados do Departamento de Economia Rural (Deral), o Paraná, maior produtor e exportador do País, foi responsável por 42,1% desse volume.

Segundo a gerente de contas da Brado, Graciele Santos, o posicionamento estratégico da empresa, com os terminais de Cascavel e Cambé localizados nas principais regiões produtoras e exportadoras da proteína, é atender o Oeste e Norte do Paraná, além do sul do Mato Grosso do Sul. “Somos responsáveis pelo transporte de grande parte de todo o frango exportado pelo Paraná”, disse.

O aumento do consumo da carne de frango é uma tendência mundial, por diversos fatores. Um deles é econômico, já que a ave é mais barata do que a carne de boi, favorecendo o consumo em países de baixa renda. Na outra ponta, a população com maior poder aquisitivo costuma escolher a proteína por questões de saúde. Além disso, a carne de frango não enfrenta restrições religiosas como a bovina e a suína.

A comparação com outras proteínas leva vantagem ainda no quesito sustentabilidade. Conforme levantamento da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a produção da carne de frango emite menos carbono: 35 kg de CO2 para a produção de 1 kg de carne. A mesma quantidade de carne bovina emite 295 kg.

A história da Brado e sua atuação no Paraná estão intimamente ligadas ao frango. Foi um dos primeiros produtos transportados e em 2022 representou 60% do movimento no corredor Paraná e 28% de todas as cargas da Companhia.

A operação começa no Porto de Paranaguá, de onde o contêiner reefer (refrigerado) de 40 pés sai vazio em direção aos terminais multimodais de Cambé ou Cascavel (terminal parceiro). Em Cambé, o contêiner passa por um processo de preparação, com testes do maquinário e de temperatura, eventuais reparos em avarias estruturais e higienização. Essa avaliação é feita por empresas reparadoras nomeadas pelos armadores, que são os proprietários dos contêineres.

Assim que o equipamento está apto, é transportado de caminhão para o abatedouro, onde é realizada a estufagem (carregamento do contêiner), com 27 toneladas de cortes variados de frango congelado e embalado e tem a documentação emitida. O contêiner volta ao terminal, é ligado na energia elétrica e, enquanto está no pátio, passa por frequentes monitoramentos de temperatura. Cada cliente tem suas especificações, mas em média a temperatura de saída da fábrica dos contêineres é de -18ºC.

Os contêineres são carregados em trens de 41 vagões, que percorrem 633 km em cerca de 3 dias e meio pela ferrovia que chega até o Porto de Paranaguá. A cada dia desligados, a temperatura dos contêineres aumenta cerca de 1ºC. No porto eles recebem nova carga de energia e no navio permanecem ligados durante toda a viagem para diversos países, principalmente China, África do Sul, Japão, Emirados Árabes Unidos, Filipinas e México. As informações são da assessoria de imprensa da Brado.

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Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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