Porto Alegre, 17 de junho de 2021 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços em forte baixa. O grão despencou cerca de 8%. O óleo baixou quase 10% e o farelo caiu 5%, pressionados pela onda de vendas por parte de fundos e especuladores no mercado de commodities nesta quinta.
A possibilidade dos Estados Unidos elevarem as taxas básicas de juros, sinalizada ontem pelo Federal Reserve, fez os investidores buscarem apostas mais seguras, como o dólar, e se desfazerem de posições no mercado de commodities, temendo os impactos inflacionários. O dólar disparou, trazendo temores de perda de competitividade dos produtos agrícolas americanos.
O resultado das exportações semanais americanas abaixo do esperado para soja, milho e trigo reforçou o sentimento de que os preços elevados estariam prejudicando a demanda. Além disso, a China anunciou que vai tomar medidas para monitorar de perto os preços internos e o temor é de uma queda na demanda.
Esse movimento de vendas técnicas e especulativas se somou a um cenário já negativo em termos fundamentais e que atingiu Chicago nas últimas oito sessões. Os boletins continuam indicando condições climáticas favoráveis às lavouras americanas. Há ainda o temor que o governo americano alivie as medidas regulatórias no biodiesel, determinando uma diminuição na mistura e uma queda na procura.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 118,75 centavos de dólar por bushel ou 8,19% a US$ 13,29 3/4 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 12,95 por bushel, com perda de 107,00 centavos ou 7,63%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo caiu US$ 17,70 ou 4,66% a US$ 361,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 56,57 centavos de dólar, perda de 5,50 centavos ou 8,86%.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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